As grandes dificuldades dos últimos cinco anos representaram o teste de fogo mais severo para o setor de logística no Brasil. Depois da prolongada e dramática crise econômica entre 2015 e 2017 que, entre outros graves problemas, contribuiu para envelhecer ainda mais a frota nacional de caminhões, ano passado, quando o País ensaiava retomada sustentável, veio a pandemia que atrasou outra vez o crescimento.
Com toda a produção deste ano já vendida, e-Delivery prova que, mesmo sendo um produto ainda caro, a decisão de produzi-lo no Brasil foi acertada. Mais rápido do que se imaginava, caminhão elétrico no Brasil virou objeto de desejo das grandes transportadoras que oferecem logística Premium aos embarcadores que precisam prestar contas sociais e ambientais à sociedade.
O Grupo JCA espera ter um aumento de 40% em viagens de ônibus no último trimestre deste ano, mantendo a retomada gradual em 2022. O otimismo é por conta do avanço da vacinação no País (mais de 50% da população já tomou ao menos uma dose até meados de outubro) e a observação de um PIB positivo perto de 5%.
As vans Transit começam a ganhar mercado. Por ora são modelos de passageiros disponíveis (todos montados na fábrica Nordex, no Uruguai, sob supervisão técnica da Ford).
Marco Antonio Saltini está há mais de 18 anos na diretoria da Anfavea. Conhece bem os altos e baixos do setor automotivo e, em especial, dos caminhões. Além disso, é um expert nas relações com o governo uma vez que responde pela diretoria de relações governamentais da Volkswagen Caminhões e Ônibus.
Apesar das dificuldades causadas pela pandemia e as trabalhadas do governo federal, ainda assim a economia vem crescendo e este ano o País pode ter PIB positivo perto de 5%.
O mercado nacional, especialmente mineração, já esperava e estava tudo certo para a Mercedes-Benz finalmente trazer o caminhão Arocs para o Brasil neste ano. Promessa é dívida: a montadora alemã anunciou a produção do modelo no País, por ora, em versão única e, naturalmente, a mais procurada por quem trabalha com mina e construção: 8×4. O Arocs assume lacuna deixada pelo Actros 4844 8×4 que deixou de ser fabricado no País.
Mesmo com a pandemia do coronavírus, mas principalmente pela instabilidade no fornecimento de componentes e elevação dos preços dos insumos, a indústria brasileira de implementos rodoviários fechará 2021 com o maior volume de emplacamentos de veículos rebocados nos últimos 10 anos, superando inclusive 2013, quando chegou a 70.105 pinos.
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