Estamos vivenciando o curso de uma extraordinária revolução tecnológica e de costumes. Não fosse a pandemia essas mudanças aconteceriam gradativamente nos próximos cinco ou dez anos. A Covid-19 acelerou todo o processo. Tendências foram radicalmente antecipadas. Novas tecnologias que estavam engatinhando se tornaram preponderantes. Tirando o lado ruim e trágico desta crise, o fato consumado é que, tecnologicamente falando, aceleramos 10 anos em apenas um ano.
A sociedade já demanda Internet mais potente, reuniões importantes são feitas rotineiramente por vídeo conferência e compras de mercadorias, serviços e até refeições online passaram a ser a nova realidade. Essas coisas remotamente não vão regredir com o fim da pandemia. Pelo contrário, vão acelerar ainda mais. E tudo isso demanda, cada vez mais, eficiência logística. Nenhuma tecnologia será capaz de desmaterializar uma mercadoria e materializá-la em outro lugar. O transporte será necessário. Pode ser rodando por estradas, navegando ou voando. Um veículo físico sempre será protagonista deste processo. Caso contrário o produto que você comprar não vai nunca chegar em suas mãos.
Por isso essa será a década que a humanidade vai se concentrar como nunca na busca de maior eficiência logística. A mobilidade, que é vital, passará por profunda reformulação. Será preciso, de imediato, ser mais sustentável e segura. Quando tratamos de transporte rodoviário de carga há a forte tendência pela eletrificação, que será o caminho a ser seguido especialmente nos países de Primeiro Mundo, mas também há boas possibilidades para motores do Ciclo Otto ou Diesel movidos por combustíveis oriundos de fontes renováveis. E temos aqui mesmo no Brasil soluções inteligentes e ambientalmente corretas como etanol e biodiesel, além do metano, que pode gerar gás para mover frotas.
Portanto é certo afirmar que não faremos mais exercícios futuristas sobre novas tecnologias de transporte. Elas já são realidade. Em menos de dois anos começa a valer aqui no Brasil a lei ambiental Proconve P8 que é o que já está em vigor na Europa como Euro 6 desde 2018. As legislações ambientais, em todo o mundo, ficarão cada vez mais rigorosas. E isso é positivo não só para o meio ambiente, mas para todo ecossistema logístico pois veículos mais ecológicos também são mais eficientes, econômicos e inteligentes. O que essas coisas significam? Operações mais lucrativas, oras!
Rinaldo Machado, Diretor Geral
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