Unylaser tem aporte de R$ 600 mil para projeto florestal

Roberto Hunoff

Crédito foto: Aurélio Francisco Ames, Divulgação

Empresa investirá para atender inicialmente demanda do mercado canadense

Integrante do grupo PCP Steel, a Unylaser, com sede em Caxias do Sul, RS, e especializada em produtos e componentes metálicos, teve projeto selecionado no segundo ciclo do Edital Gaúcho de Inovação para a Indústria (EGII). Inscrito na linha de Logística, a iniciativa aprovada foi a de um fueiro para o transporte de madeira, equipado com sistema automático de amarração de carga.

O projeto é encabeçado pela RAPTOR, marca líder de vendas na América do Sul criada dentro da Unylaser, que incorpora, há mais de 10 anos, toda a linha de acessórios para a área de transporte florestal. O carro-chefe são os fueiros, vendidos para toda a América do Sul, América do Norte e Europa. Ainda são disponibilizados produtos para aplicações especiais, como chassis, fueiros off road e módulos de baldeio de carga, entre outros.

Desenvolvido em colaboração com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio Grande do Sul (Senai-RS), o projeto tem duração de 15 meses, com fomento de R$ 600 mil advindo do EGII. De acordo com Aurélio Francisco Ames, gerente geral da Unylaser, as funções serão divididas entre as duas instituições.

A RAPTOR entrará com o conhecimento de mercado e na manufatura de fueiros leves, no uso de aços de alta resistência mecânica e processos de conformação. O Senai participa com toda a estrutura física de laboratórios e profissionais com experiência nas áreas como projeto eletrônico, sistema hidráulico e programação de CLP. “A parceria é essencial no desenvolvimento de um produto de investimento relativamente alto e por envolver áreas de conhecimento, como eletrônica e hidráulica, as quais não somos especialistas. Logo, pensamos em minimizar o risco de perdas financeiras a partir desta linha”, argumenta o executivo.

O projeto para criação do produto foi pensado para oferecer segurança e ergonomia. “Trata-se de um produto praticamente automatizado, onde o motorista do veículo florestal poderá executar toda a operação de carregamento e travamento da carga por meio de controle remoto. Assim, evita os riscos de rodagem com carga mal assentada, não sendo necessário que o cintamento seja feito de forma manual, e impedindo lesões por esforço repetitivo, além de outros riscos de acidente”, explica.

Inicialmente, o fueiro está sendo concebido para uma demanda já existente no mercado do Canadá, onde custos com afastamento de motoristas causados por lesões na operação com os produtos atuais são muito altos. A ideia é que, a médio prazo, este produto seja incorporado às operações brasileiras.

A ideia surgiu a partir de uma apresentação feita pelo Senai, demonstrando diversas opções e linhas de fomento para projetos de inovação. Segundo o gerente geral, havia um certo paradigma na empresa de que burocracia, pré-requisitos e contrapartidas necessárias eram muito complexos. “Na prática, verificamos que o EGII é bastante simples e, com o apoio do Senai, conseguimos montar um plano de trabalho bastante rápido e enquadrar o projeto”, afirma.

A prática ainda auxilia financeiramente, tirando a pressão no fluxo de caixa em um momento complicado como o atual. “Com este projeto, pretendemos fortalecer a marca RAPTOR nos mercados em que atua, bem como ressaltar sua posição como empresa altamente tecnológica que busca ofertar ao mercado o que há de melhor em materiais, recursos tecnológicos e soluções para o mercado de transporte florestal”, aponta Ames.

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