Emplacamentos de veículos rebocados já superaram a marca de 60 mil unidades até novembro

Os emplacamentos de veículos rebocados, de janeiro a novembro, já superaram o resultado do mesmo período do ano passado. A indústria nacional entregou 60.048 unidades de reboques e semirreboques contra 58.505 do acumulado de 2019, representando alta de 2,6%. O resultado deve-se ao bom desempenho de setores como agronegócio, responsável por mais de 40% dos negócios no segmento de veículos pesados; construção civil, com a retomada de lançamentos residenciais e obras de infraestrutura; e transporte de remédios e alimentos.

No segmento de carroceria sobre chassis, a atividade segue em baixa na comparação com o ano passado. No acumulado de 11 meses foram entregues 48.851 mil unidades ante 52.374, recuo de 6,7%. O resultado deve-se ao comportamento ainda instável das entregas urbanas, diretamente relacionadas com o consumo da população.

Na totalização dos dois setores, o resultado do ano apresenta retração de 1,8%. No período foram emplacados 108.899 produtos ante 110.879. “A retomada dos negócios em meio a recessão atual segue de forma gradual, mas firme”, analisa Norberto Fabris, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, acreditando que, com as vendas de dezembro, o setor feche o ano em igualdade com 2019. Já o mercado externo segue estagnado. Na comparação com o acumulado do ano passado, a queda é de 19,5%, para 1.803 equipamentos.

Das 15 famílias de veículos rebocados, oito operam com números de emplacamentos positivos sobre o ano passado. Em volumes, os modelos basculantes lideram com 15.257 unidades, incremento de 27%. A maior alta é na família de silos, com 162% e 202 produtos entregues. Dentre equipamentos com variação negativa destacam-se os graneleiros/carga seca, tradicionais líderes de mercado, com recuo de 11%, para pouco mais de 13,5 mil unidades. A maior queda se concentra nos produtos para transporte de toras, de 37%, com 932 veículos.

No grupo de carroceria sobre chassi, três têm saldo positivo. A mais expressiva, de 55% e 777 unidades entregues, se consolida a linha de betoneiras. A maior perda se dá no graneleiro/carga seca, de 18%, com 11.706 equipamentos entregues. Em volume, a liderança é da família de baú alumínio/frigorífico, com 21.598 unidades e recuo de 3%.

Para o próximo ano, a expectativa de Fabris é de continuidade do processo de retomada. “A recessão em que nos encontramos deverá ser curta, porque não é um choque desencadeado por grandes desequilíbrios”, avalia. Mas argumenta que as políticas monetária e orçamentária continuarão sendo decisivas para impulsionar a recuperação plena da economia.

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