Expectativa para o ano é de recuo de 5%, com total de 114 mil emplacamentos

Mesmo que agosto não tenha repetido o ritmo de julho, a reação das vendas de implementos rodoviários se manteve no acumulado do ano, reduzindo para 6% a variação negativa. De janeiro a maio, ela chegou aos 20%. Em se mantendo a retomada, o setor trabalha com expectativa de fechar o ano com recuo de 5% sobre 2019, alcançando 114 mil emplacamentos. “A economia brasileira dá sinais de reação constante e a recessão poderá ser mais curta que a anterior”, projeta Norberto Fabris, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR).

O volume de emplacamentos de implementos rodoviários de janeiro a agosto de 2020 foi de 73,7 mil unidades. No início de setembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que a economia entrara em recessão. “O momento atual é diferente daquele que enfrentamos de 2014 a 2018. Por isso, a recessão poderá ser mais curta”, explica Fabris. De acordo com o presidente, a crise anterior fez o setor melhorar processos, reduzir custos e racionalizar operações. “Na prática, quando a desaceleração da economia chegou, provocada pela covid-19, coincidentemente estávamos preparados”, argumentou.
Dos 15 segmentos que formam o setor de reboques e semirreboques, oito já apresentam resultado positivo. No total foram emplacadas 40.462 unidades, recuo de 5% sobre o acumulado do ano passado. Com 15% de alta, a família de basculantes assumiu o primeiro lugar das vendas do setor, com 9.768 unidades, enquanto a tradicional líder, de graneleiros/carga seca, teve recuo de 16%, para 9.498. O pior desempenho, com queda de 42%, foi apurado nos equipamentos para transporte de toras.

No segmento de carroceria sobre chassis, de sete modelos três estão positivos. O total vendido foi de 33.282 unidades, recuo de 8%. A família de graneleiros/carga seca tem o pior desempenho, com retração de 22%, para 7.992 unidades. Baús de alumínio e frigorificados apresentaram baixa de 2%, somando 14.773 equipamentos. O melhor resultado é dos modelos betoneiras, com 492 emplacamentos, alta de 71%.

Com a recuperação consistente, o setor também voltou às contratações. O saldo positivo é de 500 novos empregos em relação ao início do ano, somando 45,5 mil vagas ativas. “Um dos melhores efeitos da recuperação é a contratação de mais pessoal”, comemorou Fabris.

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