Tráfego doméstico no Brasil cresceu perto de 30%

Já o segmento de cargas amargou recuo de 8% sobre o ano de 2021

Por Roberto Hunoff

Crédito: Azul, Divulgação

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) anunciou que a recuperação das viagens aéreas se manteve em dezembro de 2022, seguindo a tendência do ano inteiro. O tráfego total (medido em passageiro pagante por quilômetro, ou RPKs) aumentou 64,4% na comparação com o ano de 2021. Globalmente, o tráfego em 2022 ficou em 68,5% dos níveis pré-pandemia.
O tráfego internacional aumentou 152,7% em relação a 2021 e atingiu 62,2% dos níveis de 2019. O doméstico, por sua vez, cresceu 10,9%, atingindo 79,6% do nível de 2019. “O setor saiu de 2022 muito mais forte do que quando começou, já que a maioria dos governos suspendeu as restrições de viagens relacionadas à covid-19 e as pessoas aproveitaram para viajar. Esperamos essa mesma força em 2023, apesar das reações exageradas de alguns governos à reabertura da China”, disse Willie Walsh, diretor geral da IATA. No Brasil, o tráfego doméstico ficou próximo ao da pré-pandemia, com RPKs totalizando 94,6% dos níveis de 2019 e crescimento de 29,9% sobre 2021.

Já a demanda por carga aérea em 2022 recuou significativamente em relação aos níveis de 2021, mas ficou próxima do desempenho de 2019. O volume global, medido em toneladas de carga por quilômetro (CTKs), caiu 8% em relação a 2021. Em comparação com 2019, foi de 1,6%.

A capacidade, medida em toneladas de carga disponível por quilômetro (ACTK), ficou 3% acima da taxa registrada em 2021. Em comparação com os níveis de 2019, diminuiu 8,2%. “Espera-se que as medidas contínuas dos principais governos para combater a inflação resultem em declínio adicional para menos 5,6% nos volumes de carga em 2023 em relação a 2019. Porém, levará tempo para que essas medidas afetem as taxas de carga. A boa notícia para a carga aérea é que os resultados médios e a receita total de 2023 devem ficar bem acima dos valores anteriores à pandemia. Isso deve trazer um certo alívio no ambiente comercial, que provavelmente será desafiador em 2023”, projetou.

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