Avanço de 30% é impulsionado pelo desempenho do mercado externo e recordes de faturamento em algumas de suas verticais de negócios

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Jefferson Bernardes

As Empresas Randon somaram, no primeiro semestre de 2022, receita líquida consolidada de R$ 5,2 bilhões, crescimento de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado. O avanço é impulsionado pelo desempenho do mercado externo e recordes de faturamento em algumas de suas verticais de negócios, como Fras-le, Montadora e Autopeças.

Dentre exportações a partir do Brasil e receitas das controladas fora do país, o mercado externo gerou US$ 212,3 milhões, incremento de 53% no semestre. Já o resultado líquido dos seis meses teve recuo de 8,4%, para R$ 234,6 milhões, com margem de 4,5%, em queda de 1,9 ponto porcentual. “Mesmo em cenário de complexidade, a estratégia de diversificação nos permite continuar entregando um crescimento resiliente e sustentável”, definiu o CFO do conglomerado, Paulo Prignolato.

Na comparação trimestral, o segundo período deste ano totalizou receita líquida consolidada de R$ 2,8 bilhões, aumento de 31% sobre igual intervalo de tempo de 2021. As receitas do mercado externo atingiram US$ 112,5 milhões, incremento de 58%. O lucro líquido somou R$ 104,5 milhões, recuo de 14,4%. De acordo com a companhia, as margens foram afetadas principalmente pelo aumento de custos e dificuldade em repassar preços nas principais linhas de produtos.

Entre as verticais de negócio, o principal destaque do segundo trimestre foi o desempenho da controlada Fras-le, com receita líquida de R$ 782,6 milhões, alta de 31%. Mercado de reposição aquecido em função da baixa disponibilidade de veículos novos, a comercialização de lonas de freio para veículos comerciais impulsionada pelo agronegócio e a forte demanda na exportação de material de fricção para a linha comercial e de discos de freio para veículos leves foram alguns dos fatores que favoreceram o resultado.

Na vertical Montadora, que abrange as unidades de negócios de fabricação e montagem de implementos rodoviários e vagões ferroviários, o faturamento no mercado externo foi o principal destaque. Os volumes de unidades vendidas avançaram 36% no período, em razão do aumento da demanda nos países da América do Sul, especialmente do Chile. A operação somou R$ 1,1 bilhão de receita líquida, expansão de 22% no trimestre.

Também foi importante o crescimento expressivo da vertical de Autopeças para veículos comerciais, que compreende as operações das empresas Castertech, Suspensys, Master e JOST Brasil. A receita líquida dessas unidades alcançou no segundo trimestre quase R$ 1 bilhão, impulsionada principalmente pelas receitas de empresas adquiridas recentemente e pela adição de capacidade.

Investimentos em tecnologia e ampliação da capacidade industrial também marcaram o último trimestre, com a inauguração da unidade fabril da JOST Brasil, em Campinas (SP), e novas áreas de estoques e forjaria da Master Sistemas Automotivos, em Caxias do Sul (RS), com processos automatizados e robotizados, desenvolvidos pela RTS Industry. Também foram anunciados aportes de R$ 100 milhões em projetos de energias renováveis, conectado às ambições ESG da companhia e ao compromisso de reduzir em 40% as emissões de gases de efeito estufa das suas operações até 2030. O valor total investido no semestre foi superior a R$ 600 milhões, alta de 170%.

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