Chassis B380R, B420R, B460R e B510R estão agora com mesmo motor e transmissão que equipam caminhões FH

   Por Mauro Cassane  

Fotos Volvo, Divulgação

Os novos ônibus rodoviários da Volvo já tinham sido apresentados (estáticos) ao público na LatBus (feira de ônibus) que aconteceu em agosto passado na capital paulista. Agora é oficial. Começaram a ser produzidos e vendidos.

A Volvo, em conjunto com as três principais encarroçadoras do País (Marcopolo, Buscar e Comil) promoveu evento em sua fábrica, semana passada, em Curitiba, para frotistas que puderam andar com os veículos já encarroçados na pista da testes da empresa.

A ação com clientes aninou a montadora sueca. 147 chassis da nova geração de ônibus rodoviário da marca foram encomendados. Ainda é intenção de compra. Mas, segundo André Marques, presidente da Volvo Bus para América Latina, diferente da Fenatran em que normalmente 50% dessas encomendas são efetivadas, a perspectiva é que a totalidade desses negócios vire mesmo faturamento certo.

Os modelos chegam com novas nomenclaturas que já deixam claro as potências disponíveis do novo motor Euro 6 D13K com seis cilindros e 13 litros (o mesmo que equipa os caminhões FH): B380R, B420R, B460R e B510R com opções para versões 4×2, 6×2 e, a mais comum atualmente, 8×2.

Na versão 4×2, a capacidade de carga é de 19,5 toneladas; na 6×2, 24,75 toneladas e na 8×2, a capacidade chega a 29,25 toneladas.

Aliás, não só o motor, mas também a transmissão é a mesma do FH: os novos ônibus Volvo são equipados com a 7ª geração da I-Shift que, entre outros avanços tecnológicos, permite uma condução mais inteligente e eficiente uma vez que a transmissão automatizada da marca mapeia e aprende a fazer trocas cada vez mais precisas em traçados repetitivos (como é muito comum em operações com ônibus rodoviários).

Os novos ônibus são mais silenciosos e mais econômicos. O sistema de injeção “common rail” assegura nível de ruído mais baixo. No “test drive” que fizemos, com veículo encarroçado, como o motor fica no final do chassis, parece que se dirige ônibus elétrico tal é o nível de silêncio.

Outro fator positivo, que foi possível sentir de maneira dinâmica, é o freio motor VEB+ que, em três estágios, oferece 510 cv de força de frenagem (30% acima do que a versão anterior que equipava os ônibus Euro 5 da marca). O terceiro estágio reduz em seis segundos velocidade de 60 km/h para 10 km/h. O Retarder Voith (VR3250) é oferecido como opcional e, atuando em conjunto com o freio motor, eleva para 1.100 cv a força de frenagem.

Melhorou, e muito, o painel que passa a ser totalmente digital e com comandos inseridos ao volante que tem acabamento mais luxuoso (em couro). O sistema de segurança ativa (SSA) conta com sensores de presença e de saída de faixa (ambos opcionais) além de ABS, EBS e ASR considerando que o ESP vem de série em todas as versões.

Ajustes no chassis permitiu, também, ampliar o espaço do bagageiro (que era o mais apertado entre os concorrentes e agora passou a ser o mais generoso).

As novas tecnologias e aperfeiçoamentos, naturalmente, tornam os veículos mais caros. De acordo com Marques, os novos rodoviários da marca são oferecidos ao mercado com preços entre 20% e 25% superiores aos modelos Euro 5. A empresa, que fechou ano passado com 18% de participação no mercado de rodoviários, projeta que, neste ano, vai chegar a 25% com o segmento expandindo 10% em comparação com 2022.


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