Uma questão muito comum e sempre em pauta entre caminhoneiros, empreendedores, gestores e outros profissionais de empresas de logísticas e outras instituições de transporte é: quais são os rumos da malha rodoviária brasileira?

Obviamente, para essas pessoas que atuam diariamente ou indiretamente nos transportes, a melhoria e o desenvolvimento da malha rodoviária brasileira representa segurança para todos os profissionais, gastos reduzidos e menor tempo para a realização dos serviços, fatores que impactam diretamente nos resultados de empresas e microempreendedores do setor.

A atual condição da malha rodoviária brasileira

De acordo com dados recentemente liberados pelo Ministério da Infraestrutura (Minfra), somente 13,7% da malha rodoviária brasileira é pavimentada, totalizando 213,5 mil quilômetros. Um número assustador, 86,3% (quase 1,5 milhões de Km não pavimentados) ainda não é adequadamente preparada para o tráfego de veículos de todos os portes. Por aí, já é possível notar o quão precária é a infraestrutura rodoviária do país.

Dentro desta ínfima porcentagem de malha rodoviária pavimentada (213,5 mil Km), apenas 65,4 mil Km são administradas pelo governo brasileiro (federais), restando 10,4 mil km de vias não pavimentadas sobre o controle federal.

 

Qual a alternativa apresentada pelo Ministério da Infraestrutura para contornar este cenário?

Ciente da preocupação, necessidade constante e urgente das empresas, profissionais e todas as outras pessoas que necessitam de rodovias todos os dias, o Ministério aposta na ideia de aumentar os números de concessões para realizar as melhorias, estruturação e reformas na malha rodoviária brasileira.

Segundo o Minfra, essas concessões são “uma forma de atrair investimentos para as rodovias, por meio da qual o Governo Federal garante investimentos e manutenção constantes em trechos rodoviários estratégicos para o desenvolvimento da infraestrutura do país”. 

Isso é necessário, pois, até então o governo não possui recursos suficientes para manter esses trechos controlados, ajustados e reparados com a frequência necessária e seguras para toda a população.

Além da reforma e controle, essas empresas concessionárias também oferecem outros serviços como: atendimento ao usuário e médico de emergência além de serviços de guincho para veículos “parados” nas rodovias.  

Antes da concessão, são realizados planejamentos integrados, onde são selecionados os melhores projetos para a iniciativa privada. Após esta etapa, é feita uma audiência pública, com a presença de funcionários do governo e a sociedade civil para sugerir e entrar em um consenso sobre quais as melhorias mais relevantes do projeto.

O objetivo de todos esses procedimentos é bem claro: chegar a um projeto “redondo” para apresentá-lo aos investidores. Depois disso, é feito um leilão o qual as empresas privadas concorrem, por meio da melhor oferta, a compra da concessão.

Segundo o site do governo federal, o Brasil conta com o maior programa de concessão do mundo, são R$ 147.25 bilhões apenas para o setor de rodovias. Juntando todas as concessões de transporte, o total da carteira de projetos soma R$ 231.05 bilhões.

Não para por aí, o mais recente projeto apresentado pelo Minfra tem como uma de suas metas conceder 16 mil quilômetros em rodovias. Além disso, devido à riqueza de nossa flora, fauna e o cuidado indispensável e urgente necessário para o meio ambiente, o Brasil agora pretende investir também em sustentabilidade nas rodovias, como o sistema de monitoramento e estrutura para a travessia da fauna e a substituição do asfalto convencional pelo ecológico, fabricado com borracha reciclada, material que resiste melhor à variação térmica e a deformações.

Além das concessões também será feito um investimento público na malha rodoviária brasileira

Os incentivos para investimento na malha rodoviária brasileira não vem somente do setor privado, o governo brasileiro só em 2018, investiu um total de R$7,5 bilhões e em obras de manutenção, duplicação, adequação e construção de rodovias.

Parte deste capital (R$ 3,3 bi) foi usado para aumentar a capacidade do tráfego, ordenar o trânsito das rodovias nos trechos urbanos e garantir condições permanentes de segurança e conforto para os usuários. Outros R$ 4,2 bilhões, foram destinados para a manutenção da malha federal, administrada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT).

Como você pode observar, os rumos da malha rodoviária brasileira contam com a ajuda das concessões e outros investimentos público. É o suficiente? De acordo dimensão continental do país não, mas de imediato, uma excelente forma de melhorar a qualidade de vida e os resultados de quem usa e trabalha, seja direta ou indiretamente, nas rodovias. 

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