Indicador elaborado pela Veloe e Fipe identificou queda de até 20%

Redação Transpodata

Foto Banco de Imagens

O primeiro semestre de 2023 terminou com combustíveis mais baratos para quem abastece com diesel, GNV e etanol. É o que revela a nova edição do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, que tem como referência o mês de junho, e é publicado em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
De acordo com os números do levantamento, as quedas registradas nos primeiros seis meses do ano abrangeram quatro dos seis combustíveis monitorados pela parceria: diesel S-10 (20,7%), diesel comum (20,2%), GNV (11,3%) e etanol hidratado (0,3%). Em contraste, o balanço do período identificou aumentos nos preços médios cobrados para abastecimento com gasolina comum (10%) e aditivada (8,4%). Consumidores de unidades federativas da região Norte, com destaque para Amazonas e Rondônia, foram os mais afetados, com aumento médio de 15% no valor cobrado pelo litro da gasolina comum.

Comparativamente, os dados de junho evidenciaram que os seis combustíveis monitorados apresentaram quedas nos respectivos preços médios, embora com magnitudes distintas: diesel comum e S-10 (6,1%), etanol hidratado (4,7%), GNV (1,4%), gasolina comum (0,5%) e aditivada (0,1%).

Diversos fatores têm colaborado para explicar a dinâmica recente dos preços praticados no mercado interno. Dentre eles, o comportamento dos preços internacionais do petróleo e seus derivados, a apreciação da moeda brasileira, mudanças na política de preços praticados pela Petrobrás, a vigência do novo modelo de cobrança de impostos pelos estados e Distrito Federal (ICMS), além da sequência de reajustes dos valores para as distribuidoras, também anunciados pela estatal.

Como resultado da interação desses e outros fatores no tempo, no horizonte ampliado dos últimos 12 meses, os seis combustíveis registraram quedas expressivas em seus respectivos preços: diesel comum (29,9%), diesel S-10 (29,5%), gasolina comum (25,2%), gasolina aditivada (24,4%), etanol hidratado (22,8%) e GNV (18,4%).

De acordo com o Indicador de Poder de Compra de Combustíveis, o peso do item no orçamento das famílias retornou ao patamar pré-pandemia, tanto na média nacional (5,9%) quanto na média das capitais (3,7%), mostrando estabilidade frente aos percentuais apurados no último trimestre de 2022. O cálculo apresenta o percentual da renda domiciliar mensal (apurado pela Fipe a partir de dados da PNAD/IBGE) necessário para custear um tanque de gasolina com capacidade para 55 litros de gasolina comum.

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