Desempenho foi obtido na operação de açúcar a granel

Redação TranspoData

Foto Porto de Antonina, Divulgação

O Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, no Litoral do Paraná, encerrou na quarta-feira (13/09) o carregamento de 21 mil toneladas de açúcar a granel com recorde de produtividade. A segunda exportação realizada em menos de um mês pelo terminal já foi impactada pelo calado de nove metros, homologado no final de agosto pela autoridade portuária.

Nesta segunda operação, a performance teve um ganho de 70%. Foram carregadas no navio MV Indigo Lake, em 24 horas, 10.267 toneladas de açúcar VHP, frente à produtividade mínima de 6 mil toneladas. Ao todo, o volume foi de 21 mil toneladas por um período líquido de 49h. O produto, açúcar VHP a granel, é oriundo da região norte do estado de São Paulo e tem a Venezuela como destino.

O açúcar VHP (very high polarization/polarização muita alta) é o açúcar bruto, menos úmido e ainda com a camada de mel que cobre o cristal do alimento. O produto é usado como matéria-prima para o tipo refinado, que é conhecido e comercializado em supermercados de todo o mundo. “A operação encerrada na quarta demonstrou a importância do aumento do calado e que o terminal tem, além de vocação, capacidade operacional para entregar ao exportador alta produtividade em tempo reduzido”, declarou o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan.

O diretor-presidente da ED&F MAN Brasil, responsável pela carga, Rodrigo Ostanello, disse que a operação mais rápida traz diversas vantagens que impactam desde o tempo de entrega até na qualidade do produto. “Este segundo navio provou que é uma operação segura e funcional. Além disso, o calado de nove metros, recentemente homologado, também ajudou a operar um navio maior e contribuiu com a maior produtividade”, comemorou.

Ele reforçou ainda que o line up diferenciado em Antonina é outro fator importante. “Não há fila de atracação, diferentemente dos demais portos que estão sobrecarregados com filas médias de 20 dias e sem espaço adicional para o volume nominal disponível para exportação”, ressalta.

O exportador conta que a estimativa para a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil na safra 2023/24 é de aproximadamente 39 milhões de toneladas. “Deste total, cerca de 10 milhões são para consumo local. Do saldo, cerca de 5 milhões de toneladas de açúcar ensacado e 24 milhões de toneladas de açúcar a granel destinam-se à exportação”, afirma Ostanello. Ainda há a expectativa de produção adicional de 3,2 milhões de toneladas de açúcar no Nordeste.

Obras de dragagem

A Portos do Paraná atualizou, no dia 29 de agosto, a Norma de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina, tendo como principal ajuste o aumento do calado operacional do Porto de Antonina. Com berços, bacia de evolução e canal de acesso dragados, o ganho foi de 0,5 metro.

O calado é a profundidade em que as embarcações podem ficar submersas na água, quando carregadas. Com a alteração, essa medida passa de 8,5 metros para nove metros, em Antonina. Assim, os navios podem entrar ou sair mais carregados, o que garante mais atratividade ao porto.

Nos dois berços de Antonina, onde opera a empresa arrendatária Porto Ponta do Félix, podem atracar navios de 200 metros de comprimento e 34 metros de largura. “O aumento do calado representa, pelo menos, quatro mil toneladas a mais em cada navio”, afirma Gilberto Birkhan.

O Porto Ponta do Félix é uma empresa privada, concessionária do terminal portuário público multipropósito de Antonina, fundada em 1995. Em 2000, foi inaugurado o cais de atracação e iniciou-se a exportação de produtos refrigerados, produtos florestais e aço. Em 2009, a FTSpar assumiu a gestão do Porto Ponta do Félix e iniciou uma nova fase nas diretrizes do contrato de arrendamento do terminal portuário, focada principalmente na conversão da vocação, antes predominantemente de carga refrigerada, para carga geral e a granel.

 

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