Expectativa é que intervenções gerem mais de 1 milhão de empregos até 2026

Redação TranspoData

Foto Marcio Ferreira, Ministério dos Transportes, Divulgação

A infraestrutura de transportes do país será incrementada com cerca de 300 projetos de rodovias e ferrovias incluídos no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). No total, estão programados R$ 280 bilhões para o setor, sendo R$ 79 bilhões em recursos do Orçamento Geral da União e R$ 201 bilhões em investimentos privados, que incluem concessões existentes e novas. A expectativa é de que somente as obras de rodovias e ferrovias gerem mais de 1 milhão de empregos até 2026. Incluídos aportes em portos e hidrovias, o setor de transportes absorverá R$ 349 bilhões.

Do total estimado, R$ 185,8 bilhões são destinados a rodovias, incluindo investimento em obras públicas, estudos e concessões, além da manutenção de toda a malha. Desse montante, R$ 73 bilhões são recursos públicos e R$ 112,8 bilhões, investimentos privados. Do total de empreendimentos, há 167 obras e 113 projetos para iniciar novas construções.

Já as ferrovias, consideradas pelo governo fundamentais para equilibrar a matriz de transportes e aumentar a competitividade do país, somam R$ 94,2 bilhões em investimentos, divididos em recursos públicos, R$ 6 bilhões, e investimento privado, R$ 88,2 bilhões. “A inclusão no PAC permitirá o desenvolvimento de novas obras, mas também a retomada daquelas que estão paralisadas ou inacabadas, como são os casos da duplicação da BR-101/BA, na divisa de Sergipe até Feira de Santana (BA), ou como a BR-230/PA, a Transamazônica. Obras que se arrastam por muitos anos pela falta de recursos”, avaliou o ministro dos Transportes, Renan Filho.

O planejamento do novo PAC para a região Norte prevê R$ 21,3 bilhões em investimentos públicos e privados. Dentre os destaques, está a construção da ponte internacional da Guajará-Mirim, na BR-425/RO, que facilitará a ligação de Rondônia com a Bolívia. A estimativa é que sejam aportados cerca de R$ 300 milhões no empreendimento.

No Centro-Oeste, onde estão previstos R$ 46,3 bilhões, a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste aumentará a conectividade entre os estados, fomentando a economia e o escoamento da produção agropecuária regional. Ainda no modal ferroviário, a inclusão do trecho entre Salgueiro e Suape no projeto da Transnordestina impulsionará o desenvolvimento de Pernambuco. O total de investimentos para o Nordeste é de R$ 49,1 bilhões. Dentre os empreendimentos rodoviários, destaque para a conclusão da duplicação da BR-101/SE, demanda histórica da população de Sergipe.O maior volume de recursos está no Sudeste, R$ 96,1 bilhões, sendo a maior parte em investimentos de concessões existentes e novos editais previstos, como a BR-381/MG, de Belo Horizonte a Governador Valadares, com leilão marcado para 24 de novembro, e a concessão da BR-040, no trecho que liga o Rio de Janeiro (RJ) a Juiz de Fora (MG). No Sul, onde estão previstos R$ 57,8 bilhões, destaque para a obra do contorno viário de Florianópolis, na BR-101/SC, maior obra de infraestrutura rodoviária do país. O projeto é executado com recursos privados e dará fluidez ao trânsito na região, uma vez que desviará o tráfego de longa distância do eixo principal da rodovia.

Lançado em 11 de agosto, o novo PAC veio para incrementar investimento, garantir infraestrutura econômica, social e urbana, melhorar a competitividade do país e gerar emprego e renda. No total, são estimados investimentos públicos e privados da ordem de R$ 1,7 trilhão, com cerca de 4 milhões de empregos gerados em todos os eixos do programa

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