Marcopolo consolida receita líquida de R$ 1,65 bi no primeiro trimestre

Companhia elevou lucro líquido em mais de 150%

Roberto Hunoff

Foto Marcopolo, Divulgação

A Marcopolo finalizou o primeiro trimestre de 2023 com resultados que reforçam a trajetória de recuperação dos volumes no mercado de ônibus, no Brasil e no exterior. No período, a companhia apurou receita líquida de R$ 1,65 bilhão, incremento de 72,5% ante os mesmos primeiros meses de 2022.

O lucro líquido consolidado foi de R$ 236,3 milhões, com margem de 14,3%, contra o resultado de R$ 98 milhões e margem de 10,2% na mesma base de comparação. Já o lucro bruto foi de R$ 390,9 milhões, com margem de 23,6%. O EBITDA foi de R$ 292,8 milhões, com margem de 17,7%, versus R$ 51,3 milhões e margem de 5,4% no primeiro trimestre do ano passado. “Este resultado demonstra um ambiente de mercado melhor, com evolução de volumes e do mix de vendas, margens positivas a partir da maior diluição de despesas e recuperação de resultados das operações localizadas no exterior”, comenta André Armaganijan, CEO da Marcopolo. A Marcopolo investiu no primeiro trimestre cerca de R$ 37,1 milhões na operação.

A produção no trimestre foi de 3.465 unidades, alta de 12,4% superior. No Brasil, foram montadas 2.975 carrocerias, aumento de 9,6%. A participação de mercado da Marcopolo na produção brasileira de carrocerias foi de 50,1%, mantendo a liderança. “O período foi positivo, principalmente pelas vendas do G8, que representaram mais de 70% dos rodoviários pesados da companhia. O setor de fretamento continuou com bom desempenho. Nos urbanos, tivemos um ambiente crescente no volume de vendas, impulsionados pelo retorno ao trabalho presencial, bem como a aplicação de subsídios e investimentos diretos dos munícipios”, complementa.

O desempenho no segmento de micros também se destacou no período, com vendas ao poder público e entregas ao programa federal Caminho da Escola. A companhia entregou 601 ônibus urbanos, 489 micros e 170 Volare, totalizando 1.260 unidades para o programa, referentes à licitação de 2022.

No exterior, a produção da Marcopolo alcançou 490 unidades, 32,8% superior ao mesmo período do ano anterior. “Depois de um difícil ano de 2022, as operações internacionais demonstram recuperação de resultados, com crescimento de vendas em todas as unidades”, observa o executivo.

O principal destaque foi o desempenho da Marcopolo México, com vendas de produtos de maior valor agregado, revertendo prejuízo de R $2,4 milhões no primeiro trimestre de 2022 para resultado positivo de R $11,4 milhões. Já na Marcopolo África do Sul, a produção consolidada aumentou 176% na comparação trimestral.

Novas mudanças na diretoria

No final do primeiro trimestre deste ano, a Marcopolo concluiu o processo de sucessão de seu CEO. A posição até então ocupada por James Bellini, passou a André Armaganijan, que exercia o cargo de diretor de negócios internacionais e de operações comerciais mercado externo. Bellini passou a ocupar o cargo de presidente do Conselho de Administração.

A sucessão também envolveu a posição de CFO, ocupada por José Antonio Valiati, que continua na Diretoria de Relações com Investidores. A posição de CFO passa a ser ocupada por Pablo Motta, que vinha atuando como diretor de Controladoria.

José Luiz Moraes Goes é novo diretor de operações internacionais e comerciais mercado externo em substituição ao atual CEO. José Goes atuou como gestor-geral da unidade Marcopolo México nos últimos dois anos. Também ocorreram mudanças em duas operações no exterior. Lucas Brancher Gabardo foi nomeado gestor-geral da unidade México e Renan Carlos Pesente da Silva da controlada África do Sul.

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