Avaliamos o novo Renault Kangoo E-Tech 100% elétrico: maior e mais potente que a versão anterior, veículo é versátil, econômico e confortável

Mauro Cassane

TranspoData, Divulgação

Lançado em outubro, o furgão da Renault elétrico, Kangoo E-Tech, está nas revendas da marca por 260 mil reais. Sempre há margem para alguma negociação. Mas vale o valor como referência. Fabricado na França, o modelo foi lançado no Brasil já com 200 pedidos em carteira.

Quem conhecia o Kangoo antigo, mais compacto, tipo Fiorino, surpreende-se com o ganho de tamanho. Agora virou pequeno furgão de 4,9 metros de comprimento e capacidade para 800 kg de carga (CMT informado pela marca francesa: 1,5 tonelada).

Seu único concorrente direto é um produto chinês, da BYD, chamado eT3 com o mesmo preço e apenas oito quilos a mais de capacidade de carga (esse produto ainda não avaliamos).

O Kangoo elétrico tem nova potência do motor que entrega 120 cv e 25 kgfm de torque (praticamente o dobro do modelo anterior da marca). Avaliamos com 300 quilos de carga e as respostas foram excelentes circulando pela cidade de São Paulo e encarando, também, subidas pesadas sem engasgo.

A nova bateria de íons de lítio, com oito módulos independentes, é de 45 kWh. Segundo a Renault, a autonomia chega a 210 km (não aferimos). Mas deduzimos estar correto pois rodamos, ao todo, 140 km e devolvemos o veículo com 40% de carga.

O comportamento do carro no modo urbano é exemplar. Leva-se tempo para se acostumar com um pequeno chiado elétrico que substitui o ruído dos motores à explosão convencionais. Mas o torque chama a atenção. Tem saída rápida e retomada brusca. Em pequenos trechos que testamos na estrada, com carga, fazer ultrapassagem e retomadas de velocidades lembra performance de carro esportivo. O Kangoo ficou, sem dúvida, bem mais ligeiro e esperto na aceleração.

Um item que merece destaque é o suporte para celular bem na frente do painel central que permite, com um braço móvel, ser posicionado do lado esquerdo ou direito do motorista. De fácil ajuste, é um dispositivo simples mas, contudo, raro nos veículos comerciais deste tipo.

A tocada, para quem trabalha dia a dia com entregas urbanas, é muito confortável. É um carro muito adequado para logística urbana por ser silencioso, ágil e confortável, atributos que oferecem, sem dúvida, maior rentabilidade à operação.

Para recarregar, contudo, não por culpa do produto, mas pela falta de infraestrutura no Brasil, há dificuldades. Poucos são os pontos que oferecem recarga rápida. Não dá para fazer isso em casa com plug in e este fator, ainda, pode ser um ponto negativo na hora de tomar a decisão pela aquisição deste produto.

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