Planos incluem aumentar o faturamento atual em cerca de 20 vezes, quadruplicar o número de funcionários e montar todo o sistema no país, inclusive a bateria

Redação TranspoData

Foto BorgWarner, Divulgação

A BorgWarner planeja ampliar a localização da montagem dos sistemas de baterias na fábrica instalada em Piracicaba (SP). Inaugurada em fevereiro deste ano, a planta monta, atualmente, o sistema de gerenciamento, os módulos de conexão e as unidades de recarga de corrente direta e eletrônica de controle. Após montar o conjunto completo e acoplar na bateria, todo o sistema passa por uma série de testes de desempenho e segurança em equipamentos, com supervisão de engenheiros e técnicos especializados.

De acordo com o diretor Marcelo Rezende, os sistemas de baterias produzidos em Piracicaba são de alta densidade energética, o que significa dizer que oferecem maior autonomia aos veículos. A bateria para a qual os sistemas são montados foi desenvolvida para aplicações de uso intensivo de energia, operando em até 665 volts e armazenando 98 kWh de energia.

A unidade de Piracicaba tem capacidade atual de 500 MWh (megawatt.hora) de energia. Um exemplo prático é que a fábrica produz sistemas de baterias capazes de armazenar energia suficiente para alimentar por um ano um bairro com 250 casas ou para um ônibus rodar 300 mil quilômetros sem parar em trajeto urbano. Globalmente, as plantas produtoras de baterias da BorgWarner somam hoje 2,2 GWh (gigawatt.hora) de capacidade. “O plano é atingir o volume de 6 GWh globalmente em 2025”, aponta Rezende.

A planta está instalada em um terreno com área total de 33 mil metros quadrados, sendo 10 mil de área construída e 2,3 mil de área útil fabril. “Temos bastante espaço reservado para futuras ampliações, o que nos torna capazes de atender com agilidade às novas demandas das montadoras. A meta é multiplicar cerca de 20 vezes o faturamento da fábrica de Piracicaba, quadruplicar o número de funcionários e localizar a montagem da bateria nos próximos anos”, comenta.

A BorgWarner entende que a produção local de baterias para veículos elétricos pode contribuir diretamente com a expansão da mobilidade elétrica no Brasil. Sendo um componente estratégico para esses veículos, a co-localização torna todo o processo mais viável, seguro, produtivo e sustentável. Além disso, a iniciativa fomenta a indústria local e qualifica a mão de obra nacional. “Outro fator importante é que produzir no Brasil é mais sustentável do que em muitas regiões do mundo devido à matriz energética limpa, o que pode ser potencializado com processos de manufatura modernos e pensados para serem sustentáveis em todo o elo da cadeia de produção”, assinala.

A BorgWarner ainda considera vital oferecer todo serviço de assistência técnica das baterias localmente e ser uma parceira das montadoras no processo de eletrificação. “Na fábrica temos peças, serviços e profissionais especializados e uma área dedicada a atendimento de pós-vendas”, informa.

A vida útil de uma bateria é medida e monitorada pela especificação dos parâmetros da carga. Os sistemas de baterias montados em Piracicaba projetam vida útil em primeiro uso (no veículo) de 4 mil ciclos de recarga, equivalente a cerca de oito anos. Após o uso em veículo, a bateria pode seguir para as estações de recarga. O tempo de vida nesse uso pode ser tão longo ou maior do que na primeira vida. Após o uso em recarregadores, a bateria pode seguir para a reciclagem. Tanto na primeira como na segunda vida, as baterias podem ser reparadas, seus componentes substituídos, reciclados ou remanufaturados.

 

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