Transporte com caminhão é coisa séria, exige eficiência para movimentar qualquer tipo de carga, além de gestão da empresa voltada à segurança. Entre outros elementos, isso significa também a aplicação de veículos adequados à operação, boas condições de segurança e time bem preparado de motoristas, com profissionais conscientes de que seu trabalho tem de ser o melhor possível, sem incidentes.

Ao menos é assim a cartilha a ser seguida pelas frotas que atendem a Raízen na distribuição de combustíveis para empresas, varejo e aviação e etanol e açúcar para exportação e empresas.

Para ter sua operação suprida de modo pleno, a empresa é atendida por 41 transportadoras, as quais contam com 110 filiais espalhadas pelo território brasileiro.

Dessas, 34 operam na movimentação de combustíveis e seis com cargas de de açúcar, em diferentes regiões.

Os caminhões de todas essas frotas juntas exigem, o emprego de cerca de 4.000 motoristas, dos quais uns 3.000 contam com alto grau de qualificação, embora todos sejam empenhados em não cometer qualquer ato que contrarie as regras propostas pela Raízen.

Isso porque as regras colocadas para as transportadoras são rígidas e exigem empenho também na gestão do negócio.

Qualquer freada brusca, trafegar na chuva ou na pista seca em velocidade acima da recomendada e descumprimento do descanso semanal, por exemplo, pode significar ponto negativo para o motorista e a transportadora.

O gerente operações de transporte da Raízen, Eduardo Lucena, disse que o desempenho desses profissionais é acompanhado diariamente, e que qualquer violação é identificada.

Ele reconhece que mesmo com todo empenho é muito difícil não haver registro. Essa rotina de acompanhamento dos motoristas se estende também à empresa de transporte.

A frota que transporta combustível, por exemplo, tem padrões relacionados à segurança como não usar pneus reformados no eixo dianteiro e nem no eixo de tração. Há também uma série de regras a serem seguidas, num check-list que chega a 300 requisitos.

O número de transportadoras que atendia a Raízen já foi maior. Lucena disse que até alguns anos eram 96, mas esse número foi reduzido para se ter maior controle, escala e segurança. Anualmente, empresas são avaliadas para se prestigiar quem está no teto e cortar quem está abaixo das expectativas.

É observado o controle de jornada da transportadora, como está o monitoramento, se os motoristas estão cumprindo as regras de descanso etc. “Tudo é monitorado por telemetria e vemos que muitas empresas são mais rigorosas do que as exigências da lei”.

Caminhões que atendem a empresa rodam por ano 245 mil quilômetros, comentou Rafael Alvarez, diretor de logística da Raízen

Assim como as transportadoras e motoristas, a Raízen também enfrenta auditoria internacional da Shell. O diretor de logística da Raízen, Rafael Alvarez, conta que a operação brasileira é considerada referência para o mundo. “Além do ambiente complexo, a quilometragem rodada anualmente no Brasil pelos caminhões que atendem a empresa atingiu 245 milhões de quilômetros em 2018, sem qualquer registro de fatalidade. Esse número é quase metade dos 650 milhões de quilômetros do que a Shell roda em todo o mundo”, disse o executivo.

Antes de ser admitida e fazer parte desse seleto grupo, a transportadora passa por detalhada auditoria, além de ser submetida a teste na parte de gestão, perfil de frota e nível profissional. Rafael Alvarez acrescentou que o primeiro conceito avaliado é o sistema de gestão do transportador, cujas premissas constam no manual a ele entregue com todas as exigências.

Depois de aprovada, a atuação na operação é avaliada diariamente. Para esse fim são aplicados câmeras e outros recursos disponíveis atualmente nos caminhões. A gestão de jornada do motorista, por exemplo, é um item de grande relevância. Além de recursos tecnológicos dos próprios caminhões, e da gestão dos transportadores, a Raízen se presta também do serviço de quatro empresas do segmento de telemetria. O objetivo de mais empresas é dar mais flexibilidade para o transportador.

O gerente de operações de transporte da Raízen, Eduardo Lucena, disse que tem empresas mais rigorosas do que a lei

Quanto à idade dos caminhões que atendem a empresa é de quatro anos atualmente. Eduardo Lucena lembra que as transportadoras têm opção de renovar a frota por meio de um “clube”. Nesse caso, os veículos tem de ser da marca Mercedes-Benz, montadora com que a Raízen tem parceria. No caso do implemento, a marca é Randon. O transportador pode comprar outra marcas, mas com negociação por sua conta.

As transportadoras e motoristas que se destacam são homenageados pela Raízen. Para isso a empresa realiza anualmente um evento que reconhece e premia motoristas empresas que se destacaram e obtiveram melhor desempenho no cumprimento das diretrizes durante o “ano safra” (período de 01 de abril de 2018 a 31 de março de 2019). Lucena explicou que há um indicador chave de desempenho (KPI) para fatalidades, lesões, afastamentos, violações por culpa da empresa, entre outros itens entram na pontuação para buscar a eficiência e nível de segurança da empresa.

Algumas das categorias de destaque para as transportadoras são: Operações Secundárias (entrega), Distribuição Urbana, Operações Primárias (abastecimento de terminais), Melhor Gestor em Segurança, Destaque em Operações, Melhor Evolução nas Operações, entre outras e o Melhor Transportador do Ano, título que nesse ano ficou com a Lima Transportes, do Ceará. A ampresa recebeu como prêmio um cavalo mecânico Mercedes-Benz 2651.

Danilo Fernando foi campeão entre os 200 motoristas selecionados que participaram do Rodeio de Caminhões

Já os motoristas que se sobressaem no período do “ano safra”, também participam de uma disputa, o Rodeio de Caminhões, que termina em premiação. Entre os milhares de profissionais que conduzem as frotas que transportam para Raízen, apenas 200 são selecionados para a competição. A escolha é feita pelos próprios frotistas com anuência da Raízen.

Os participantes enfrentam quatro provas práticas e classificatórias ao volante de caminhões, restando apenas 50 para a disputa final que define o campeão. No mesmo evento, a Raízen faz o anúncio e premiação das transportadoras. Este ano, a Lima Transportes, de Fortaleza/CE foi eleita a Melhor do Ano e recebeu como prêmio a empresa levou um Mercedes-Benz Actros 2651 Okm. Já o motorista vencedor, Danilo Fernando de Souza, da transportadora Nichele, especializada no transporte de produtos perigosos. Como prêmio, ele recebeu um automóvel 0Km.

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