Esta foi a primeira vez em que reboques multi-purpose boogies foram utilizados
Redação TranspoData
Foto TCP, Divulgação
A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR), realizou uma operação inédita na América do Sul ao içar e posicionar uma carga em multi-purpose boogies (MPB), um tipo de plataforma sobre pneus utilizada para transportar objetos pesados e superdimensionados, conhecidos como cargas projeto (CPJ). Na operação foi movimentado um secador industrial de tubos com 102 toneladas de peso, 22,5 metros de comprimento e quatro metros de diâmetro. O equipamento, fabricado em Curitiba (PR) pela empresa Ostergaard, foi transportado da capital até o terminal em um caminhão especial, com reboques modulares hidráulicos.
Na TCP, o secador foi içado por dois guindastes móveis (MHC), equipamentos com capacidade para elevar até 100 toneladas a 40 metros de altura, e posicionado sobre dois módulos MPB. De acordo com Fabio Mattos, gerente de operações logísticas da TCP, o MPB é versátil e mais fácil de manobrar se comparado a outros modelos de reboque, pois os eixos dos módulos são móveis e não fixos. “A operação para içar e posicionar a carga, no entanto, é extremamente delicada, exigindo uma equipe qualificada e maquinário adequado para garantir precisão total, assegurando a integridade do bem do cliente”, explica.
A carga ficou armazenada no terminal até 11 de maio, quando foi rebocada por dois tugmaster (equipamento similar a um cavalo mecânico, mas de uso exclusivo em terminais portuários) e uma reach stacker (empilhadeira de grande porte). Em seguida, embarcou no navio de cargas rolantes M/V Liberty, do armador Wallenius Wilhelmsen, e seguiu para o Panamá, onde será instalado em uma planta industrial para processar e secar farinha de peixe. A empresa de logística Over Porjects foi responsável pela operação.
Referência em operações de carga projeto
Em março, a TCP recebeu a importação de um helicóptero Bell 412. A aeronave multipropósito, conhecida por sua aplicabilidade no mercado civil e militar, é equipada com uma turbina dupla, rotor de quatro pás, e possui aproximadamente 17 metros de comprimento, 4,5 metros de altura e pesa pouco mais de 3 toneladas.
O gerente comercial, de logística e de atendimento da TCP, Giovanni Guidolim, afirma que a estratégia é atuar como um terminal one stop shop para os clientes, disponibilizando as soluções e os serviços logísticos mais modernos disponíveis no mercado para uma gama diversificada de demandas. “A operação do helicóptero reforça a aptidão do terminal para atender o mercado que busca movimentar cargas especiais com segurança e agilidade”, frisou.
O helicóptero, transportado em um contêiner MAFI (com rodas, mas sem teto e paredes), foi descarregado pela rampa principal de um navio de cargas rolantes e ficou armazenado no terminal até a primeira semana de abril, quando seguiu para seu destino. “O terminal é conhecido pela sua expertise na movimentação de cargas sensíveis, de alto valor agregado e com dimensões não convencionais. Esse tipo de operação, que exige um desenho logístico customizado e integrado, torna a TCP a principal referência do mercado na modalidade de carga projeto”, definiu Mattos.