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Foto Turis, Divulgação

Ônibus está na fase final de certificação e homologação

Scania, Gerdau, Turis Silva e Marcopolo entram para a história ao apresentar o primeiro ônibus rodoviário do Brasil movido a gás natural veicular (GNV) e/ou biometano para o fretamento. O modelo K 320 4×2 transportará colaboradores da usina de aços especiais da Gerdau, localizada em Charqueadas (RS). O veículo deve entrar em operação no primeiro quadrimestre

A operação de fretamento contínuo, sob responsabilidade da Turis Silva Transportes, será em contrato de demonstração em uma rota de Porto Alegre-Charqueadas-São Jerônimo. O modelo deverá rodar 190 km por dia. O início do trabalho do primeiro ônibus rodoviário movido a gás para o fretamento do Brasil está nos últimos detalhes do processo de certificação e homologação para receber a autorização de rodagem. “Queremos construir, em parceria com nossa cadeia de fornecimento, um futuro mais sustentável, e contribuir com o desenvolvimento da mobilidade urbana a partir da adoção de produtos e soluções inovadoras”, afirma Vinicius Moura, gerente geral de suprimentos da Gerdau.

Jaime Silva, fundador e proprietário da Turis Silva Transportes, recorda ter sido procurado pela Gerdau há dois anos para colocar na frota alternativas sustentáveis. “Não dará mais para continuar tendo o diesel como matriz única. Crescem, a cada dia, os pedidos de contratantes para termos produtos mais verdes, e a sustentabilidade é um caminho sem volta”, assinala.

O modelo K 320 4×2 tem propulsor de 320 cavalos de potência. Seu motor é Ciclo Otto (o mesmo conceito dos automóveis) e movido 100% a gás e biometano, ou mistura de ambos. Não é convertido do diesel para o gás e tem garantia de fábrica. De acordo com a Scania, o desempenho e a força são semelhantes ao similar a diesel, além de ser mais silencioso. Foram instalados oito cilindros de gás na lateral dianteira com uma autonomia de 300 km. Caso um cliente deseje autonomia maior, é possível avaliar a colocação de mais cilindros. Não são necessárias alterações significativas nos projetos das carrocerias.

A Scania garante que a segurança é total em caso de acidentes ou explosão. Os cilindros e válvulas são certificados pelo Inmetro (em conformidade com a lei). São três válvulas (vazão, pressão e temperatura) que liberam o gás em caso de anomalia em um destes três quesitos. Os cilindros são extremamente robustos, produzidos com o mesmo material usado em ogivas de mísseis. Em caso de incêndio ou batida, o gás é liberado para a atmosfera e se dissolve sem perigo de explosão, ao contrário de um veículo similar abastecido a diesel que é mais perigoso, pois o líquido fica no chão ou pode se espalhar ao longo da carroceria. As instalações dos cilindros de gás podem ser feitas entre as longarinas do chassi (abaixo do assoalho) ou sobre o teto. Os motores já serão Euro 6.

A Marcopolo escolheu a carroceria Paradiso New G7 1050 para equipar o ônibus histórico. É dotada de equipamentos e acessórios para garantir acesso à internet, TV digital a bordo, poltronas semileito, sistema de monitoramento por câmeras, sistema de ar-condicionado e monitores no salão de passageiros. O modelo ainda conta com diferentes soluções da plataforma Marcopolo BioSafe, como sanitário e sistema de ar-condicionado com lâmpadas UV-C para desinfecção dos ambientes; cortinas com material antimicrobianas, e dispenser de álcool em gel na entrada da escada de acesso. A capacidade é para transportar 44 passageiros.

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