José Carlos Spricigo, presidente da Anfir, diz que este ano será melhor que 2023 e confia que, no evento, muitos negócios serão efetivados favorecendo os emplacamentos em 2025

Mauro Cassane

Imagem, Divulgação

  • Como está o segmento de implementos neste ano de 2024? Pior ou melhor que o ano passado?

A indústria de implementos rodoviários enfrentou dificuldades esse ano mas mês a mês os obstáculos foram sendo superados e hoje temos uma média mensal de emplacamentos que nos faz projetar crescimento de 5% esse ano sobre 2023. Isso significa 157 mil produtos em 2024 ante 151 mil unidades do ano passado

  • Qual a perspectiva para 2025? Vai crescer, estabilizar ou ficar abaixo deste ano?

Ainda é cedo para se pensar em 2025 mas acreditamos que deveremos registrar crescimento. Uma das razões é a economia que está crescendo e as previsões são otimistas e apontam para expansão do PIB. Outra é que em face disso aumenta a movimentação de carga e, portanto, a necessidade de transporta-la de forma segura e eficiente. E também, não menos importante mas bastante significativa para nós, temos a realização da Fenatran. A feira é a maior da América Latina e sempre dá um impulso nas vendas que se concretizam nos 12 meses seguintes à sua realização.

  • Como a Anfir avalia o IAA deste ano? Melhor que o anterior?

Foi excelente. A presença da indústria de implementos rodoviários na IAA deixou de ser novidade e passou a integrar a agenda de reuniões de negócios dos operadores logísticos estrangeiros. O modelo que a ANFIR adotou, que estabelecer um estande com a ApexBrasil, tem se mostrado acertado.

  • Quais os planos da Anfir para a Fenatran deste ano? Na sua opinião vai ser um evento melhor para negócios? Melhor que a última Fenatran de 2022?

Sim, será melhor. A presença de nossos associados é recorde, 54 expositores. Podemos esperar bons negócios superando a edição de 2022.

  • O que esperar em termos de avanços tecnológicos para o segmento de implementos?

Assim como vimos na edição passada, nós veremos mais inovações tecnológicas. São 54 expositores e todos estarão lá na maior vitrine de negócios do transporte de carga buscando chamar a atenção dos operadores logísticos. Portanto, é certo que novidades tecnológicas não vão faltar na área de implementos rodoviários. Um dado importante é que a indústria de implementos rodoviários está buscando se posicionar como agente no esforço geral de descarbonização. Para tanto, estamos ajustando nossa cadeia de operação, envolvendo inclusive nossos fornecedores nessa busca. O processo envolve a adoção de novos protocolos, parâmetros, tecnologia e fornecedores mais comprometidos e engajados com a causada descarbonização.

  • Como estão as exportações de implementos? Quais países estão comprando mais implementos brasileiros?

Exportação é um negócio que tem sua dinâmica própria e que varia de pais para pais. Desde 2016, quando iniciamos o programa MoveBrazil, de incentivo às exportações em parceria com a ApexBrasil, temos colhido bons frutos. Nossos associados absorveram cultura exportadora, entenderam que vender ao exterior é uma tarefa complexa mas possível. A nosso favor temos a excelente qualidade de nossa produção industrial que garante que hoje os implementos rodoviários e componentes produzidos pelos associados da ANFIR estejam presentes em Angola, Argentina, Nigeria, Bolívia, Chile, Colômbia, Congo, Costa Rica, Cuba, Guatemala, Panama, Hungria, Togo, Estados Unidos, Paraguai, República Dominicana, Peru e Uruguai.


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