Testamos o modelo topo de linha da Fiat Toro e a picape faz bonito com sua performance on e off road

Por Mauro Cassane

TranspoData, Divulgação

Apresentada ao público em agosto deste ano, a versão 2024 da picape Fiat Toro se destaca pelos ajustes, acertados, no design que a deixam com aparência de esportividade elegante. Aliás, essa é marca registrada das fabricantes italianas que primam por traços curvilíneos, simétricos e marcantes.

Olhando apenas a frente, a Toro lembra mais um SUV médio da Jeep. A nova grade dianteira com formato hexagonal se harmoniza com o conjunto de faróis alongados e sinuosos. Ficou bonito.

As versões continuam as mesmas seis que já eram oferecidas. São três com motorização flex, tração dianteira, versão 4×2. E três com motorização Diesel, 4×4. Nas três primeiras, flex, o motor é 1.3 turbo de 185 cv com torque de 27,5 kgfm. Já as versões diesel, 4×4, são equipadas com motorização 2.0 turbodiesel de 170 cv e torque bem mais elevado, 35,5 kgfm.

  • Veja abaixo todas as versões e respectivos preços sugeridos:

Endurance 1.3 T 4×2: R$ 149.900

Freedom 1.3 T 4×2: R$ 164.190

Volcano 1.3 T 4×2: R$ 178.590

Volcano 2.0 TD 4×4: R$ 192.390

Ranch 2.0 TD 4×4: R$ 209.990

Ultra 2.0 TD 4×4: R$ 210.990

Avaliamos a versão topo de linha, Ultra 2.0 TD 4×4. Esta versão tem pouca diferença da versão imediatamente abaixo dela, a Ranch. Inclusive no preço de tabela. A diferença é de apenas 1 mil reais de uma para outra. As versões Ranch e Ultra oferecem pacote ADAS que vem com AEB (frenagem autônoma de emergência), LDW (avisa quando o carro sai da pista), AHB (desativa automaticamente o farol alto quando outro veículo vem na direção oposta).

As duas versões topo de linha oferecem, ainda, logotipo exclusivo nas laterais e na frontal, barra de proteção para o vidro traseiro, um verdadeiro tablet multimídia de 10 polegadas que facilita muito a navegação, painel em marrom imitando madeira, estribo cromado (esse item poderia ser dispensado pois a altura do chassi ao solo é baixa e, por fim, mais atrapalha do que ajuda), para-barro e Santo Antônio cromado. A versão Ultra, além de todos esses itens, vem com capota rígida e rodas de 17 polegadas com pneus de uso misto (com cara mais para off-road).

Na estrada, o consumo aferido foi muito bom. Fizemos, carregados com 200 quilos (a capacidade da versão Diesel é uma tonelada de carga), 12,4 km/l. Já em situação urbana, com muita subida e descida, fizemos 10,1 km/l. O motor 2.0 turbodiesel, silencioso e discreto, faz valer os 170 cv. O carro anda bem, tem retomada rápida e respeitável e as trocas de marcha são macias, ligeiras e quase imperceptíveis.

A transmissão automática ZF 9HP que também equipa carros da linha Honda, como o Civic e o SUV CRV bem como os modelos Land Rover Evoque e Discovery, oferece uma condução harmoniosa e, a nona velocidade, ajuda na redução do consumo de combustível. Essa transmissão Premium só equipa os modelos diesel da Toro.

A Toro ganhou a preferência dos brasileiros rapidamente. Há tempos está entre as picapes mais vendidas do Brasil. Produzida na fábrica da Stellantis em Goiânia, PE, pelos dados da Fenabrave, é a segunda mais vendida do Brasil, perdendo apenas para sua irmã mais leve, a picape Fiat Strada. Suas dimensões ajudam como atributos positivos de venda: possui 4,94 m de comprimento, 1,84 m de largura, 2,99 m de entreeixos, 1,73 m de altura e conta com 937 litros de capacidade de carga na caçamba. A versão flex pode carregar até 750 kg e as versões diesel levam mais carga, chegando a uma tonelada.

O 4×4 fica ativado o tempo todo. É integral. Isso assegura ainda maior estabilidade em curvas, mesmo mais acentuadas. Na terra, mesmo com lama, a Toro 4×4 deixa claro que não é só um carro para agradar aquele pessoal que gosta de picape mas só anda no asfalto. Botamos a Ultra para rodar na terra, em estradinhas ruins, com lama, e a picape da Fiat encara com facilidade e vence obstáculos sem engasgar.

Merece destaque também os amortecedores, bem calibrados com o conjunto de suspensão traseira multilink. O carro percebe buracos mas não trepida. A direção elétrica oferece conforto extra nesta situação e estabilidade na condução em pista mais escorregadia. Para manobras em estradas estreitas a câmera de ré é fundamental e, mesmo com pouca luz, as lentes mais luminosas funcionam bem e deixam imagem de trás bem nítida.

De modo geral, a Toro diesel, ainda mais essa versão topo, a Ultra, vale o investimento. É um carro versátil, bom de estrada, de cidade e de roça. Se o condutor for do tipo que gosta da vida na roça, encara corajosamente trechos de lama como um genuíno 4×4 e, se o condutor for mais do tipo “playboy do asfalto” garante sua pegada esportiva tanto no design como, também, nos seus 170 cv de potência que se harmonizam perfeitamente bem com a caixa de 9 velocidades da ZF.

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