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Foto Randon, Banco de Dados

Nos primeiros dois meses do ano foram emplacados 22.358 unidades ante 17.219 no mesmo período de 2020

Com 22.358 emplacamentos, a indústria de implementos rodoviários registrou crescimento de quase 30% no primeiro bimestre de 2021 na comparação com o mesmo período do ano passado. Destaque, novamente, para os veículos pesados, com avanço de 47% e 13.323 unidades entregues. Na linha leve, de carrocerias sobre chassis, o incremento foi de 10,5%, somando 9.035 produtos.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR), Norberto Fabris, afirma que o mercado está respondendo bem após quatro anos de crise e acredita existir ambiente para a retomada consistente no crescimento dos negócios. Mas faz um alerta diante da intenção do setor siderúrgico de aplicar reajuste no preço do aço: “Não podemos sofrer qualquer revés que seria desastroso”.

Para o dirigente sindical, todo movimento positivo nos negócios do setor sofrerá interrupção se o valor do aço for reajustado. Esta matéria-prima teve aumento superior a 80% no ano passado e a maior parte desse custo não foi repassada ao cliente final”, adianta. Assegura que o reajuste interromperia o ritmo de recuperação da indústria. “É um insumo fundamental à atividade, porque participa com até 80% na produção dos equipamentos”, adverte. Ele explica que a carteira de cobrança da atividade não é indexada, isto é, os valores devidos são fixos.

Também define o aumento como inoportuno pelo fato de a economia do país ter sido abalada seriamente em 2020 por conta da pandemia. “Não temos como repassar aos clientes e eventual aumento seria absorvido pelos fabricantes, prejudicando diretamente a saúde financeira das empresas”, explica. Alerta ainda que o efeito negativo do reajuste se estenderá a outros segmentos do mercado logístico. “O transportador já tem dificuldade em repassar aumentos aos geradores de carga”, explica.

Dentre as 14 famílias de produtos no segmento de reboques e semirreboques, 10 apresentaram resultados positivos. Silos, com 188%, e tanques inox, com 149%, tiveram as maiores altas, mas somaram somente 149 em números absolutos. O maior volume foi representado por basculantes, chegando a 3.722 emplacamentos, incremento de 92%. Graneleiros/carga seca seguem o segundo mais vendido, com 2.545 produtos, avanço de 32%. Dentre as variações negativas, a mais representativa, de 32%, foi consolidada pela família de equipamentos para o transporte de toras.

No setor de carroceria sobre chassis, todas as sete famílias apresentaram aumento. O mais expressivo foi o de betoneiras, de 106%, para 185 unidades. Baús alumínio/frigoríficos são os mais vendidos, com 4.022 unidades, alta de 4%.

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