Resultado foi impulsionado pelo agronegócio e início da safra de soja

Roberto Hunoff

Foto Divulgação

Quando comparado a janeiro, o preço médio do frete por quilômetro aumentou 11% e fechou o mês de fevereiro a R$ 7,88. A elevação foi impulsionada pelo agronegócio, que encareceu em 27% o valor do frete no mês, e pelo início da safra de soja, que no recorte isolado fez o custo do frete subir 10%. É o que apontam os dados do Índice de Frete Repom (IFR), realizado pela Edenred Brasil, especializada em soluções de gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga e líder mundial em soluções transacionais para empresas, comerciantes e empregados.

No consolidado de 2022, o diesel onerou em 40,45% o preço médio do frete. Como reflexo das últimas reduções no valor do combustível, neste início de 2023, o índice baixou para 37,63% na composição do preço em fevereiro. Em 17 de fevereiro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a nova tabela do piso mínimo do frete, com redução de 5,72%, resultado da oscilação para menos no preço final do diesel S-10.

Vinicios Fernandes, diretor da Repom, acrescenta outro item que vem ganhando relevância na composição do preço do frete por quilômetro rodado e se mantém em alta, que é o impacto dos juros. Segundo ele, um contexto de altas taxas dificulta o acesso dos caminhoneiros ao crédito para capital de giro e financiamento de equipamentos. “O aumento pelo embarcador no prazo de pagamento do frete sobrecarrega ainda mais o bolso dos profissionais da estrada e diminui seu poder de compra”, alerta.

No ano passado, por meio da solução de antecipação de recebíveis, a Repom registrou incremento de 251% na negociação de contratos, reforçando a crescente busca por crédito por parte dos caminhoneiros. A antecipação de recebíveis tem como objetivo minimizar a inadimplência e possibilitar às empresas e aos profissionais autônomos do segmento de transporte rodoviário adiantar valores que seriam recebidos futuramente, gerando maior fluxo de caixa.

O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição, levantado com base nas oito milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Repom. A marca é especializada em soluções tecnológicas de gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga e há 30 anos lidera o segmento de pagamento de frete e vale-pedágio, com mais de 1 milhão de caminhoneiros atendidos por suas soluções em todo o Brasil.

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