Ao longo do período, marca produziu 368 mil unidades

Roberto Hunoff

Crédito: Volvo, Divulgação

Instalada dentro do complexo industrial da marca em Curitiba (PR), a fábrica de cabines da Volvo no Brasil é uma das mais modernas do grupo no mundo, com elevada automação e avançados processos de indústria 4.0. Em 25 anos, a planta alcançou a marca de 368 mil unidades produzidas.

Construída para a manufatura local das cabines do caminhão Volvo FH, nacionalizado em 1998, a planta foi um ponto de inflexão na história da Volvo na América Latina. Com ela, a marca ampliou seus negócios na região, com novos veículos e tecnologias avançadas. “Há 25 anos, a produção de cabinas no Brasil era um sonho. Foi nosso ingresso numa nova era de caminhões, que representava uma ousada revolução tecnológica”, lembra Cyro Martins, vice-presidente de operações industriais da Volvo na América Latina.

De 1980, quando iniciou a produção de caminhões no país, até 1997, a Volvo terceirizava a fabricação das cabines dos veículos das linhas N e NL. A construção da nova unidade de produção fez parte de uma expansão industrial robusta que demandou, naquele período, cerca de US$ 400 milhões em investimentos, o maior volume de recursos aplicados pela marca desde sua fundação no Brasil. A ampliação do parque fabril provocou uma mudança significativa nos negócios e na arquitetura industrial da montadora.

Atualmente com 515 funcionários ligados diretamente à sua operação, a unidade sempre foi altamente robotizada. Por isso, a fábrica de cabines é uma grande incubadora de ideias, com a introdução de conceitos de uso de realidade virtual e aumentada, big data, internet das coisas, robôs autônomos e diversas outras iniciativas que compõem o que é chamado de indústria 4.0. “Ainda hoje é a unidade mais automatizada do complexo da Volvo em Curitiba”, destaca Cyro Martins. Ao todo, são 85 robôs e diversos outros dispositivos que funcionam de forma autônoma, para mais segurança, qualidade e conforto ergonômico para os funcionários.

A unidade é responsável tanto pela solda como pela pintura das cabines. Faz pintura de elementos plásticos, culminando em soluções que são aproveitadas também por outras fábricas da Volvo no mundo. É o caso, por exemplo, do processo do painel frontal dos novos caminhões Volvo Euro 6, que têm partes plásticas e metálicas pintadas em igual tonalidade.

A fábrica também opera no atendimento de peças de pós-venda, desde a produção do conjunto completo de uma cabine de reposição até componentes específicos. Na fábrica, as linhas atendem a produção de caminhões FH, FM, FMX, VM e VMX, com inúmeras variações. Ainda é possível a entrega de cabines com até 100 cores diferentes, entre tonalidades sólidas e metálicas. Apesar de toda essa variabilidade, em 2022, ano em que a unidade bateu seu recorde histórico com a produção de mais de 32 mil unidades, 70% das cabines foram entregues na cor branca.

Com forte vocação para inovação, a fábrica de cabines tem dedicado especial atenção também aos projetos voltados à sustentabilidade. “Os fluxos são constantemente avaliados para que possamos ter processos ambientalmente mais adequados, mais ágeis e produtivos”, destaca Carlos Lima, gerente de produção de cabines. Também é interesse da operação no fortalecimento da diversidade. “Em nosso time há, por exemplo, pessoas com deficiência, que têm responsabilidades e metas ajustadas às suas capacidades e estão totalmente integradas ao processo de produção”, assinala.

 

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