Mesmo com menor volume de compras, frota terá acréscimo de 6,5% na comparação com 2022
Roberto Hunoff
Foto ABLA, Divulgação
No acumulado de 10 meses, as locadoras de veículos totalizam a compra de 436.788 unidades de automóveis e comerciais leves, representando 24,76% das vendas totais das montadoras. Para o fechamento do exercício, a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) projeta 534.015 emplacamentos, recuo de 10% sobre 2022, que teve 590.520. Mesmo com o declínio, a frota terá aumento de 6,5%, chegando ao total de 1,560 milhão de veículos. A idade média da frota é de 20,1 meses, menor na comparação com os anos de 2022 e 2021, que eram, respectivamente, de 23,4 e 27,4 meses.
Os dados foram apresentados pelo presidente da entidade, Marco Aurélio Nazaré, em coletiva de imprensa antes da abertura oficial do 18º Fórum Internacional do Setor de Locação de Veículos, que ocorre até esta quarta-feira (22/11), no São Paulo Expo. O levantamento foi feito a partir de dados do Serviço Federal de Processamento de Dados.
Na avaliação do dirigente, 2024 será um ano difícil em razão das expectativas em torno das definições da reforma tributária e do comportamento da economia como um todo. Ainda assim, manifestou otimismo com o desempenho do segmento, acreditando no potencial crescente do aluguel de veículos, principalmente pelo modelo de compartilhamento. “A população começa a entender, ainda que de forma lenta, que locar é mais econômico do que ter um ativo”, afirmou. Exemplificou com a modalidade de assinatura, que dobrou a frota, de 80 mil, em 2020, para 160 mil neste ano – dados de outubro. “São números acima do que era projetado, nos surpreendeu”, reforçou.
O presidente da ABLA ainda referiu como fator positivo para o desempenho do setor o custo elevado das passagens aéreas e as variações cambiais, que beneficiam a opção do aluguel de veículos para viagens mais longas. Segundo ele, para o final deste ano já existe número de reservas antecipadas que pode levar à falta de veículos.
A terceirização para atendimento de pessoas jurídicas absorveu, até outubro deste ano, em torno de 792 mil unidades. Já as locações diárias demandaram perto de 731 mil. Em ambos os casos, o incremento é de 3,8% sobre 2022. O presidente argumenta que os resultados ratificam que o setor continua sendo essencial para a retomada das vendas de veículos. “A diversificação da frota das locadoras também vai ao encontro do desejo de atendimento cada vez mais personalizado por parte de empresas e de pessoas físicas”, acrescenta.
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