Com a aproximação da COP 28, pesquisas apontam mudança no comportamento dos brasileiros devido às preocupações climáticas

Redação TranspoData

Foto Divulgação

Com o objetivo de reconhecer e destacar as empresas de transporte associadas que reduzem os impactos ambientais, geram desenvolvimento social e econômico e que prezam pela segurança viária e do trabalho de seus colaboradores, o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) criou, em 2014, o “Prêmio de Sustentabilidade”. Em sua 9ª edição, a premiação bateu recorde de inscrições. São 69 projetos e 38 empresas participantes. De acordo com informações da organização, essas instituições representam 34.872 veículos na frota e 68.740 colaboradores.

Segundo Fernanda Veneziani, coordenadora da comissão de sustentabilidade do Setcesp, conhecer o que vem sendo feito pelas empresas e buscar aquilo que cabe dentro de cada negócio é um excelente começo. “Neste momento ainda esbarramos em muitas questões práticas envolvendo custos, viabilidade logística e de abastecimento, mas existem setores do transporte específicos que já conseguem operar dessa forma e essa é uma grande contribuição”, assinala. O E-Book de Boas Práticas de Sustentabilidade que está disponível no portal do prêmio no site do Setcesp traz um guia completo de ações elaboradas por todos os tipos e tamanhos de transportadoras que podem inspirar um primeiro passo para quem se interessar.

Causas sustentáveis

No destaque ESG, empresas vêm cada vez mais se utilizando de causas sustentáveis visando ao futuro e à demanda populacional recorrente no mundo. No caso do Brasil, uma das metas é a redução de emissões de carbono em 50% até 2030, prometido na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26). Entretanto, essa e outras promessas não dependem apenas do governo brasileiro, mas também de organizações e empresas privadas.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nos últimos anos, cada vez mais brasileiros têm experimentado hábitos que visam cuidados com o meio ambiente. Cerca de 23% afirmam que a mudança de comportamento é devido a preocupações ambientais. Outros 41% acreditam que essas mudanças são definitivas.

Para Fernanda Veneziani, as ações do setor de transportes são pertinentes, pois todos são incluídos no cumprimento da Agenda de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela Organização das Nações Unidas até 2030 no Brasil. “A busca por fontes renováveis de energia visando não só eliminar, mas um caminho que começa com o reduzir e compensar as emissões dos gases de efeito estufa é onde as empresas do transporte rodoviário de cargas podem ter seu maior foco. A indústria automobilística vem investindo maciçamente na criação de veículos com maior eficiência no que tange a motores com combustíveis fósseis, focando na redução das emissões, além de modelos elétricos e movidos a biocombustíveis”, enfatiza.

Para além do meio ambiente, a sustentabilidade empresarial visa à redução de custos de produção, vez que os colaboradores passam a pensar a não gastar tantos recursos. Dessa forma, enfrentarão o desperdício de recursos naturais. Empresas, como as do setor de transporte de cargas, buscam cada vez mais ser menos poluentes visando à agenda ESG (sigla para questões ambientais, sociais e de governança) com mais atenção e preocupação. A busca por eventos e conhecimentos relacionados à sustentabilidade também é um fator crucial no mercado, vez que empresas que desenvolvem boas práticas voltadas ao meio ambiente tendem a ser mais bem-vistas pelos consumidores.

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