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Fotos Rodofort, Divulgação

Fábrica de Sumaré foi adquirida em 2008 pelo grupo I.Riedi

A Rodofort passará a operar de forma conjunta com a Guerra após o leilão da massa falida da empresa caxiense ser vencido pela LIH, companhia que integra o grupo I.Riedi, que tem forte presença no agronegócio. “Essa aquisição responde a nossa estratégia de expansão no mercado de implementos rodoviários que, no momento atual, tem forte demanda por produtos”, explica Alves Pereira, diretor-geral da Rodofort. Segundo o executivo, as duas marcas atuarão de forma complementar no segmento de implementos pesados.

Para retomar a produção na fábrica da Guerra, localizada em Caxias do Sul (RS), o grupo deve investir aproximadamente R$ 10 milhões, além dos R$ 90 milhões oferecidos no lance vendedor do leilão. O valor inclui manutenção das máquinas, aquisição de matéria-prima e contratação e treinamento de pessoal. A Guerra deve reestrear no mercado ainda este ano, distribuindo seus produtos a partir do último trimestre.

Os planos para a volta da Guerra seguem a mesma estratégia adotada com a Rodofort. “Vamos recolocar a marca no mercado de forma gradual”, reforça Alves, antecipando que a meta é produzir 250 implementos rodoviários neste ano. A atual rede de distribuição da Rodofort, de 18 empresas parceiras, será ampliada. A projeção é atingir a marca de 30 representantes, entre distribuidores e pontos de assistência técnica.

Na base industrial de Caxias do Sul estão previstas contratações, mas o volume inicial de funcionários ainda não está definido. “Teremos um processo de produção mais enxuto e eficiente para fazer a fábrica ser bastante competitiva”, garante o executivo. Ele acredita que, em cinco anos, a unidade poderá ter 1 mil funcionários.

O objetivo do grupo com a aquisição da Guerra é recolocá-la no mercado operando de forma complementar à Rodofort, que tem sede em Sumaré (SP). A fábrica em Caxias do Sul será responsável pelas linhas basculante, tanque e granel. A unidade paulista fabricará os modelos sider, baú, porta contêiner e florestal.

A produção deverá seguir a forma de atuação da Rodofort, com produtos de linha, mas com espaço para customização. “Nossa engenharia tem capacidade para entregar um produto adequado à demanda específica do cliente. Dessa forma, conseguimos atender o transportador em sua real necessidade de trabalho”, explica Alves.

As exportações também estão na pauta da Rodofort. Com mais capacidade de produção, as duas marcas buscarão clientes no mercado externo. Os primeiros alvos são os transportadores que operam na Argentina, Bolívia, no Chile, Paraguai e Uruguai.

A Rodofort foi adquirida pelo grupo I.Riedi em 2018, ano em que produziu 110 unidades. Em 2019, foram 654 emplacamentos. No ano passado, a Rodofort encerrou o exercício entregando 1.350 implementos rodoviários da linha pesada. Para 2021, a expectativa é distribuir 2,1 mil unidades no mercado interno. Com as 250 projetadas para a Guerra, o total a ser entregue ao mercado é 2.350 unidades das duas marcas. Atualmente, a Rodofort emprega 317 pessoas em Sumaré. “Quando o grupo adquiriu a Rodofort eram somente 12 funcionários”, recorda.

O grupo tem sede em Cascavel (PR) e reúne empresas do setor do agronegócio. Sua estreia no setor de implementos rodoviários foi em 2018 com a compra da Rodofort. Com o resultado positivo na atuação do segmento pesado, o grupo buscou oportunidades para expansão e o leilão da massa falida da Guerra foi a melhor opção. “Foi natural o movimento do grupo de buscar outra oportunidade semelhante para expandir no mercado”, explica.

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