Movimentação até novembro bateu recorde de produtividade e ultrapassou 7,8 milhões de toneladas de cargas
Redação TranspoData
Foto Anderson Coelho, Divulgação
A SCPAR, administradora do Complexo Portuário de Imbituba, acumula em 11 meses deste ano a movimentação de 7,8 milhões de toneladas de cargas, alta de 11,6% na comparação com igual período de 2023. O volume é superior ao consolidado em todo o exercício passado. Até novembro, o equipamento recebeu a atracagem de 306 navios, aumento de 15,4% em relação ao mesmo período de 2023.
O diretor-presidente da Autoridade Portuária de Imbituba, Urbano Lopes de Sousa Netto, celebrou os 11 meses de atividades do ano e ressaltou os investimentos projetados para o futuro. “Para o próximo ano, planejamos investir cerca de R$ 70 milhões, visando à expansão contínua e ao fortalecimento das operações”, anunciou.
No acumulado de 2024, a liderança das exportações (50,7% do total) vem acompanhada de alta de 8% na tonelagem enviada ao exterior na mesma base de comparação. As importações garantiram a fatia de 39,3% das operações e aumento de 21,7%. A cabotagem, navegação entre portos do mesmo país, representou 9,2% da movimentação, indicando redução de 10,5%. Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as operações de importação e exportação em Imbituba movimentaram mais de US$ 2,1 bilhões em 11 meses, crescimento de 19,8% em relação ao mesmo período de 2023.
Os granéis sólidos representaram mais de 6,2 milhões de toneladas no acumulado do ano, crescimento superior a 7,5%. Esta categoria representa 80% de toda a movimentação portuária, com especial relevância para o coque de petróleo que operou mais de 1,8 milhão de toneladas em 2024. No contexto geral, as maiores movimentações, dentro da rubrica granel sólido, foram de coque de petróleo, sal, açúcar a granel, farelos de soja e de milho e trigo.
Avanços em gestão e infraestrutura
A maior obra em andamento no Porto de Imbituba, a recuperação, o reforço e a ampliação do Cais 3, segue com avanços significativos no trecho final do píer. O ano ficou marcado por melhorias ao longo de toda a área portuária, como a implantação de drenagem no início do Berço 1; construções de nova subestação de entrada de energia em padrão internacional e de estacionamento para os usuários; mais três quilômetros de calçada para circulação de trabalhadores e aprovação do projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios das 38 edificações da Autoridade Portuária.
Também houve reformas nas instalações da Vigilância Agropecuária Internacional, em quatro subestações internas, na Capela São Pedro e na Casa de Convivência do Berço 1. No curto prazo, estão programadas a construção da nova Casa de Convivência do Berço 2, execução do PPCI, licitação da obra de recuperação do molhe de abrigo, derrocagem (retirada de rochas) do início do Cais 1 e construção do dolfim de amarração do Cais 2, ampliando a capacidade de recebimento de navios.
Em linha com a agenda da descarbonização portuária foram investidos R$ 5,1 milhões em melhorias ambientais. De forma efetiva neste tema entrou em operação o sistema de energia fotovoltaica, que gera 15% de toda a energia necessária para as operações do porto a partir da transformação da luz solar em eletricidade. A Autoridade Portuária passou a integrar a Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos, junto aos maiores complexos portuários do país. O porto apoiou 28 projetos, com investimento de cerca de R$ 660 mil, por meio de patrocínios e do Programa Municipal de Incentivo à Cultura.
