Com vendas recordes e potencial de maior crescimento neste ano, segmento de ônibus está otimista especialmente com alto potencial no segmento de urbanos elétricos
Mauro Cassane
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O mercado de ônibus apresentou resultados históricos no ano passado. De acordo com o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, “foi o melhor ano para o setor desde 2014”. Os emplacamentos de ônibus apresentaram crescimento acumulado de 12,40%, totalizando 27.675 unidades contra 24.621 em 2023.
“Esse aumento foi impulsionado pela retomada de investimentos em transporte público e turismo, além de renovações de frota para atender a regulações ambientais”, comentou Lima Leite.
A Mercedes-Benz é líder inconteste, há décadas, deste mercado. Responde, com seus modelos urbanos e rodoviários, por 49,31% das vendas totais. A marca alemã emplacou 13.647 unidades no ano passado.
Na segunda colocação vem sua concorrente mais conhecida: Volkswagen Caminhões e Ônibus com 5.837 chassis comercializados contabilizando participação de 21,09% deste mercado.
O que mais chama a atenção neste mercado de ônibus, particularmente no segmento de urbanos, é o crescimento acentuado de elétricos. Com novas legislações ambientais a ponto de entrar em vigor nas grandes capitais como São Paulo, os frotistas estão acelerando compras de urbanos 100% elétricos.
Ano passado 314 chassis de ônibus urbano elétricos foram emplacados no Brasil, contra apenas 86 em 2023. O crescimento foi de mais de 265%. Quem dominou as vendas de ônibus elétricos no ano passado foi a Induscar que comercializou 163 unidades registrando mais de 50% das vendas deste produto.
Na segunda posição ficou a Mercedes com 61 unidades e, em terceiro, com 47 produtos, ficou a chinesa BYD. É um segmento que Scania e Volvo também já anunciaram produtos para competir e, neste ano, a competição ficará ainda mais acirrada.