Tivemos mais um ano pandêmico. E, sob o ponto de vista de letalidades, este ano foi ainda pior que o ano passado. Em 2020 a pandemia ceifou a vida de mais de 194 mil brasileiros. Neste ano a tragédia assumiu proporções jamais imaginadas: mais de 430 mil pessoas foram vítimas dessa terrível doença.

E pensar que a vacina, essa mesmo que vem salvando vidas, já estava disponível no final do ano passado. Em dezembro de 2020 o Reino Unido iniciava a vacinação de seus cidadãos. Com um governo irresponsável e negacionista, doses da Pfizer que poderiam estar disponíveis no começo do ano só foram chegar em abril.

A primeira brasileira vacinada, a enfermeira Mônica Calazans tomou a dose da Coronavac em 17 de janeiro graças a esforços do governo paulista que se posicionou contra o negacionismo federal. O Brasil, que sempre foi referência mundial em vacinação de sua população, por meio do SUS, ainda conseguiu reverter o desastre e minimizar a tragédia que poderia assumir proporções ainda mais calamitosas.

Os brasileiros sofreram duplamente com a irresponsabilidade federal: a doença se alastrou assustadoramente durante todo o primeiro semestre e a indústria, naturalmente, se encolheu prejudicando ainda mais a economia. Ainda assim, como o Brasil é grande e tem terra boa, a agricultura salvou mais uma vez o País do desastre econômico.

A logística nacional, resiliente, se expandiu frente à necessidade de tudo: insumos, alimentação, eletrônicos, comida e remédios. Os frotistas, já prejudicados com a forte recessão que abalou o País entre 2015 e 2017, foram às compras. O mercado de caminhões se aqueceu. Porém 2022 ainda é uma incógnita com um ano que começa com inflação galopante, desemprego em alta, diesel caro e desvalorização absurda da moeda nacional frente ao dólar. O PIB projetado é negativo. A boa notícia é que a vacina, a despeito do ataque dos negacionistas, funciona.

Além de tudo, ano que vem tem eleições para o povo escolher um novo presidente. Temos esperança que dias melhores virão. O País não suporta mais populistas e fanfarrões. Precisamos de uma terceira que nos apresente um candidato mais centrado e bem formado. O Brasil merece, e precisa, um estadista. Está mais do que na hora de isso acontecer!

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