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THX muda perfil e cresce 40% em três anos

Empresa deixou a atuação tradicional de transportadora para virar uma companhia de tecnologia

Redação TranspoData

Foto THX, Divulgação

De acordo com a Econodata, o Brasil tem quase 1,4 milhão de empresas atuantes em transporte e logística para 4,2 milhões de brasileiros habilitados a dirigir caminhões e carretas. Desses, 2 milhões são estimados como autônomos, empregados ou estão desempregados. Em meio a esse cenário, a THX Log Tech vem ganhando espaço rapidamente.

A empresa, que começou como uma operadora logística tradicional, decidiu em 2017 mudar seu slogan de “coletando negócios” para “foco obsessivo no cliente” e, com isso, trazer a tecnologia como protagonista. O resultado foi um crescimento médio de 40% nos últimos três anos e a perspectiva de revolucionar o mercado.

Laurence Tataren, CEO da THX Log Tech, decidiu usar o desenvolvimento web como aliado e trabalhar num processo de melhoria contínua para quebrar barreiras de tempo e eficiência. Atualmente, a empresa de gestão logística e de transporte tem em cada unidade de negócio um profissional dedicado a observar o comportamento e as necessidades do cliente e, a partir daí, encontrar uma solução tecnológica para cada desafio.

Com essa filosofia, a empresa de 44 profissionais deve fechar este ano com faturamento da ordem de R$ 35 milhões, sem ter um único caminhão. “Nos especializamos na gestão de motoristas autônomos e na otimização de eficiência dos processos logísticos”, explica Tataren.

São 56 mil caminhoneiros autônomos em sua base de contatos, mais 4 mil motoristas em 2024 e cerca de 300 agregados que carregam toda semana. “Por meio de um aplicativo e inteligência artificial conseguimos rapidamente encontrar a alternativa mais eficaz para o cliente e o motorista. Isso faz com que conquistemos parceiros para continuar crescendo com consistência”, acrescenta.

O executivo destaca que, enquanto muitas empresas de logística e transporte reclamam das relações com os caminhoneiros, a THX criou um sistema que dá a ele a certeza de que o bom desempenho retorna em benefícios. Segundo o CEO, a regra é clara: “recusou carga, vai para o final da fila. Insistiu na postura, o profissional é retirado da base. Todas as decisões são tomadas com base em dados”, salienta.

A carteira de mais de 60 clientes com rotas para todos os cantos do Brasil vem crescendo a cada trimestre e o CEO projeta evolução ainda maior. “Estamos olhando para onde o mercado não está mirando. Estamos em um mercado muito pulverizado em que o principal ativo é o caminhoneiro”, ressalta.

Próximos passos

A demanda por entrega rápida advinda das vendas online promoveu alteração nesse mercado. Na avaliação de Laurence Tataren, muitos operadores não conseguirão sobreviver a tudo que está por vir nos próximos três anos. Argumenta que quase 100% da operação está pautada na demanda da indústria manufatureira, situação que projeta não durará muito. “Queremos mais e as oportunidades existem nesse mercado”, avalia.

Para suportar essa movimentação diferenciada em um mercado conservador, a empresa vem realizando um processo de governança corporativa para criar cada vez mais robustez operacional. Quem cuida da estruturação é a XR Advisor, um fundo de private equity, que traçou movimentos incluindo não só a expansão da empresa, mas também possíveis aquisições.

Segundo o presidente do Conselho da XR, Rodolfo Oliveira, o mercado logístico reserva uma série de oportunidades a players dispostos a inovar e usar a tecnologia a seu favor. “O objetivo é unir nossa expertise em governança com a força empreendedora e inovadora da empresa para promover um crescimento substancial”, afirma.

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