Estratégica, região representa 37% da movimentação de volumes da empresa
Roberto Hunoff
Fotos Rodonaves, Divulgação
A RTE Rodonaves investiu R$ 42,5 milhões na ampliação da sua operação no Sul do país. Com uma estratégia de aumentar a capilaridade na região e oferecer serviços mais completos, os recursos foram destinados aos centros de transferências de cargas (CTCs) em Itajaí, Chapecó e Curitibanos, todos em Santa Catarina, o que vai expandir em quatro vezes a capacidade de carga processada na região.
Com 66 unidades distribuídas entre os três estados, com espaços próprios e parceiros, o projeto de expansão objetiva otimizar as frotas operadas pela companhia, atender a uma demanda do mercado, estando ainda mais próximo do cliente, e tornar as entregas mais ágeis. Atualmente, a região representa 37% das movimentações de cargas da RTE Rodonaves, de acordo com números do primeiro semestre de 2023, com 97 mil clientes ativos só no último ano e geração de mais de 2,9 mil empregos diretos e indiretos.
Nos três primeiros meses deste ano, a soma do faturamento do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foi de cerca de RS 300 milhões. “Atuamos ativamente para oferecer as melhores soluções aos clientes. Por isso, apostamos em uma forte estrutura para atender a região Sul, o que nos torna mais competitivos, com melhores prazos de entregas e agilidade no atendimento”, destaca João Naves, fundador do Grupo Rodonaves.
Entre as empresas que serão beneficiadas pela expansão na região Sul está a Pneu Free.com, cliente desde 2010 e que tem uma unidade da RTE Rodonaves dentro da companhia. “Essa é uma parceria que nasceu juntamente com as nossas operações. A entrega da primeira venda que fizemos foi por meio da RTE Rodonaves. Desde então, crescemos e agora contamos com atendimento full time, ou seja, assim que o pedido é etiquetado, direcionamos para o processo de carregamento, tornando as entregas mais ágeis”, destaca Eduardo Ferreira, diretor de logística da companhia.
Entre as novas operações de Santa Catarina, o CTC de Itajaí é considerado um dos maiores projetos da empresa. Com 7.100m², a unidade é responsável por realizar o descarregamento, carregamento e transferência de cargas, e ainda tem conexão com outros postos da companhia nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A nova estrutura ampliará em cinco vezes a capacidade de carga processada, passando de 500 toneladas/dia para até 2.500 toneladas/dia, proporcionando redução dos prazos de entrega, inclusive com a consolidação de entregas em até 24 horas em linhas operadas na região.
Para essa nova estrutura, além dos 65 profissionais que já atuam de forma direta na operação, serão abertas cerca de 150 vagas ao longo dos próximos meses para cargos como auxiliar de transportes, conferente e motoristas. “O novo CTC faz parte das ações de fomento para a regionalização do transporte de cargas, o que proporciona mais eficiência e qualidade aos nossos clientes. Santa Catarina, por exemplo, tem ótima infraestrutura logística, com os portos de Itajaí, Navegantes e Itapoá, e estradas que conectam os estados do Sul e fácil acesso ao Sudeste e Centro-Oeste”, avalia João Naves.
Os investimentos em Santa Catarina envolvem ainda o aumento da operação em Chapecó, com expansão da capacidade de processamento de 300 toneladas/dia para 500 toneladas/dia. Além do novo CTC em Curitibanos, instalado em uma região considerada estratégica por estar próxima à BR 166, um dos maiores corredores de carga do país.
Operação sustentável
A sustentabilidade das operações também é uma das preocupações da companhia. A RTE Rodonaves tem como objetivo a redução dos impactos ambientais e a otimização dos custos operacionais. Na unidade de Itajaí, todo o abastecimento de energia será por meio do sistema fotovoltaico, com uma capacidade de geração de 9.240 kWh/mês. “Temos um importante projeto para a substituição das matrizes de energia elétrica por renováveis. Esse é um trabalho iniciado em 2021 e, atualmente, 84% das operações próprias contam com fontes 100% renováveis e certificadas”, pontua João Naves. Em 2022, todas as empresas do conglomerado zeraram a emissão de carbono por meio do I-REC, certificado internacional que comprova o uso de fontes renováveis de energia.