O Brasil é uma terra de grandes potencialidades. Há décadas, para não dizer séculos, gerações e gerações de brasileiros, eu inclusive, ouvimos e lemos a mesma coisa. De todas essas promessas, uma das poucas que rendeu bons frutos foi a agrícola. Neste quesito, o País é muito bem-sucedido. Embora, com uma política mais séria com planejamento de longo prazo, poderíamos ser bem melhores.
Precisamos deixar de ser promessas. Temos que ser realidade. A fórmula para isso seria bem simples mas exige paciência e planejamento para décadas: investir firme e seriamente em educação de base. O problema é que político brasileiro, estupidamente, só consegue planejar como será o seu mandato e, no máximo, o que deve fazer para ser reeleito.
Esta edição de Transpodata está repleta de “potencialidades nacionais”. O tema central foi combustível verde. E, ao conversar com especialistas, entendemos que Brasil reúne as melhores condições para produzir aqui hidrogênio à base de etanol que é altamente energético e sustentável do início ao fim do processo. Mais ainda, temos como voltar a ser os maiores produtores de etanol do mundo (posto perdido para os EUA) se investirmos seriamente no milho (como os estadunidenses).
Temos a maior costa marítima entre todos os países do planeta. E aproveitamos pouco esse outro potencial. De nossos portos saem menos de 2% de todas as mercadorias embarcadas em navios mercantes ao longo do globo terrestre. A China, com uma costa muito menor que a brasileira, tem oito portos entre os dez maiores do mundo. O maior porto brasileiro, de Santos, está na 43ª neste ranking. Roterdã, na pequena Holanda, é o décimo maior porto do planeta. Mas estamos avançando lenta e desajeitadamente. Neste atual governo de poucas realizações e muitos tropeços, ao menos a infraestrutura merece algum louvor.
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