Iniciativa da ANFIR e ApexBrasil ocorre de 23 a 26 de outubro, em Joanesburgo e Gqeberha, na África do Sul

Roberto Hunoff

Foto Divulgação

A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Rodoviários (ANFIR) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) promoverão o encontro de 15 empresas do setor de implementos rodoviários com operadores logísticos da África do Sul. A Rodada de Negócios será nas cidades de Joanesburgo e Gqeberha, de 23 a 26 de outubro.

A missão comercial faz parte do Programa Move Brazil de promoção de exportações, desenvolvido em parceria pela ApexBrasil e ANFIR. As empresas confirmadas são ComLink, Engatcar, Forbal, Frigo King, Frota Brasil, Grimaldi, Hallco, HC Hornburg, Hydro Extrusion, Ibiporã, Planalto Indústria, Randon, Tecnnic, Thermo Star e Unylaser.

A Rodada de Negócios em Joanesburgo será de 23 a 25 e, em Gqeberha, nos dias 25 e 26. “O programa de exportações agora se volta para a África, um continente que já conhece o implemento rodoviário brasileiro, apresentado por alguns associados da ANFIR. Essa missão vai aprofundar o conhecimento dos operadores logísticos locais a respeito dos produtos nacionais”, explica José Carlos Spricigo, presidente da entidade.

A ação na África do Sul é a quarta empreendida esse ano. As demais foram a presença com estande na Mid-America Trucking Show, nos Estados Unidos, de 30 de março a 1º de abril; e as Rodadas de Negócios na República Dominicana, de 11 a 13 de abril; e no Chile, de 16 a 18 de maio. Em 2022, foram realizadas uma missão comercial ao Peru e a instalação de estandes MoveBrazil na feira internacional ANPACT, no México, e na IAA Transportation, na Alemanha. O convênio ainda promoveu a Rodada Internacional de Negócios durante a Fenatran, em São Paulo, com importadores estrangeiros.

A HC Hornburg, empresa com sede em Jaraguá do Sul (SC), pretende aproveitar as reuniões com os operadores logísticos para conhecer quais equipamentos são vendidos para transporte de cargas refrigeradas e congeladas. “Será nosso primeiro passo em direção ao mercado continental africano. Temos capacidade de adaptar a linha atual para a demanda sul-africana e, se necessário, desenvolver um produto específico para o mercado local”, adianta Rodrigo Gularte, coordenador de exportação.

A HC Hornburg apresentará os modelos paleteira, sorveteira, gancheira, prateleira, Versatile, para veículos leves, e semirreboque para produtos paletizados e carne pendurada. “Em um primeiro momento o baú 100% elétrico talvez não tenha acolhida, porque a infraestrutura sul-africana para atender essa demanda está bem no começo”, avalia.

A Frigo King, fabricante de equipamentos para refrigeração de cargas transportadas em baixas temperaturas, vai em busca de oportunidades de negócios. “Vamos conversar com os players logísticos locais e conhecer as características do mercado, que é completamente novo para nós”, informou Robison Silva, gerente de exportação.

A empresa apresentará aos operadores logísticos a nova linha Flex de refrigeração e o Power Mobil, equipamento desenvolvido para transporte de cargas refrigeradas e congeladas em contêineres Reefer de até 40 pés. “O aplicativo Meu Frigo King também pode ser implantado imediatamente porque já dispomos de versão em inglês”, afirma.

Mercado em expansão

A África do Sul é um mercado com potencial de expansão para os negócios que envolvem a chamada Cadeia do Frio, ou seja, equipamentos relacionados ao transporte refrigerado e congelado. Em junho de 2019, a Southern African Fruit Terminals inaugurou em Durbanville uma área de armazenamento frigorífico com capacidade para 5.500 paletes e 17.105 metros quadrados de área coberta.

Em 2022, a African Infrastructure Investment Managers investiu US$ 150 milhões para desenvolver uma plataforma logística refrigerada para atender os mercados do centro-sul do continente. O valor aplicado incluiu a aquisição da CCS Logistics que tem capacidade para armazenar 100 mil paletes em seis instalações na África do Sul e na Namíbia.

O país é um dos dois mais desenvolvidos do continente – o outro é a Nigéria –, com aumento de consumo de carne, frutas e vegetais enlatados e demais alimentos embalados. O combate à pandemia estimulou o crescimento do transporte de medicamentos e vacinas. “Uma cadeia do frio bem estruturada é fundamental para melhorar a segurança alimentar”, ressalta Ricardo Gularte.

Os negócios entre países no continente devem ganhar mais força desde a assinatura, em 21 de março de 2018, do Acordo de Livre Comércio Continental Africano. “É a maior zona de livre comércio do mundo composta por 54 países, o que deve ajudar a incrementar o transporte de produtos congelados e refrigerados”, reforça Robinson Silva.

 

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