Right hand side Evening Traffic on the A12 Motorway through the Veluwe forest. One of the Bussiest highways in the Netherlands

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Depositphotos, Divulgação

Com 11.270 emplacamentos em janeiro, o melhor resultado para o mês nos últimos sete anos, a indústria brasileira de implementos rodoviários manteve no início de 2021 a forte recuperação desencadeada a partir do segundo semestre de 2020. O volume entregue foi 31% superior ao do mesmo período do ano passado. “O resultado mostra que entramos em 2021 ainda em ritmo aquecido, iniciamos o ano no ritmo de recuperação”, analisa Norberto Fabris, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR). A expectativa inicial é de elevar as vendas entre 10% e 15% sobre o ano passado, que totalizou 121.891 unidades, menos de 1% acima de 2019.

O otimismo, no entanto, pode sofrer revés diante de novo aumento no preço do aço, um dos principais insumos para a indústria. “O aço teve alta superior a 86% em 2020 e a maior parte desse custo não foi repassado ao cliente final. O país está saindo do quarto ano de crise e não tem cabimento aumentar preço de matéria prima. Isso vai quebrar o ritmo de recuperação e vamos retroceder”, alerta o presidente.

Para ele, o reajuste é inoportuno. “O aço tem uma participação de até 70% no custo dos nossos produtos. Não temos condições de absorver esse custo e seremos diretamente prejudicados. É a pior notícia que poderíamos receber em meio a recuperação”, afirma.

O presidente da ANFIR explica que durante os quatro anos de crise – três de retração na atividade econômica e um causado pela pandemia – as empresas do setor tiveram que absorver parte desse custo, reduzindo as margens por produto. “Reajustar valores nesse momento vai provocar parada forte no mercado, porque os clientes não têm condições de pagar por esse aumento”, pondera.

Ele acrescenta que o efeito negativo não ficará restrito a indústria. “A situação do transportador também é complicada, porque o valor do frete está estagnado, o que impede o repasse de eventuais aumentos aos clientes”, ressalta.

VENDAS CRESCENTES NA MAIORIA DO MODELOS

O segmento de veículos rebocados, incluindo reboques e semirreboques, consolidou 6.728 emplacamentos, alta de 45% sobre igual mês de 2020. O setor de carroceria sobre chassis também iniciou com números positivos, 15%, com total 4.542 de produtos.

Dentre as 13 categorias de equipamentos pesados, 10 apontaram incremento, com destaque para tanques inox, com 200%, mas apenas 48 unidades, e porta-container, com 100%, e 255 produtos. Em números absolutos, a liderança é de basculantes, com 1.818 veículos, incremento de 78%, e graneleiro/carga, com 34%, e 1.276 emplacamentos. Os produtos para transporte de toras tiveram recuo de 72%, para 42 unidades, e os canavieiros, 30%, com 206 implementos.

Somente a categoria outras e diversas apurou queda no segmento de carrocerias sobre chassis, de 18%, para 497 unidades. Entre as outras seis, o modelo betoneiras teve o melhor resultado, de 50%, para 63 unidades. O maior volume de vendas foi de baús de alumínio/frigorífico, com 23% de alta, e 2.089 implementos.

TABELA
Emplacamentos em janeiro:
2021: 11.270
2020: 8.610
2019: 8.040
2018: 5.331
2017: 3.482
2016: 4.713
2015: 8.338

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