O transporte rodoviário de carga está no limiar de grandes e históricas evoluções. E tudo isso vai acontecer de maneira espantosamente veloz nos próximos anos. Esta, sem dúvida, será a década da aceleração digital para o setor e, igualmente, para toda indústria.
Com tudo acontecendo de maneira tão rápida, muitas coisas ficam nebulosas e, até mesmo, confusas. Nesta edição conversamos com as principais lideranças do setor para tentarmos entender os rumos deste negócio, especialmente quando se trata de Brasil. A eletrificação virá, inevitavelmente, mas não para todos os segmentos e, possivelmente, fique um bom tempo restrita à logística urbana.
Já temos algumas opções de caminhões elétricos leves importados e a primeira solução 100% nacional vem da Volkswagen Caminhões e Ônibus com o e-Delivery. No transporte de longa distância as apostas da alta engenharia das montadoras se concentram mais no aprimoramento do diesel, com opções não-fósseis como o biodiesel e, também, no gás natural que abre boas perspectivas, no Brasil, inclusive para o metano. O etanol é outra possibilidade que não se pode descartar por aqui.
Claramente não vamos ter caminhões autônomos nas estradas nacionais, mas isso não significa que essa tecnologia foi abandonada por aqui. Em ambientes confinados, como mineração e nas lavouras, já há caminhões neste estágio de automação e tudo indica que, nos próximos anos, esses veículos vão atuar exatamente como muitas máquinas que fazem colheita: sem condutor e sendo guiadas remotamente.
A evolução também chegará aos motoristas que passarão a ter novo status profissional: gestor de transporte. E não estranhem se, até o final desta década, grandes operadores busquem profissionais com curso superior. Essa transformação digital vai impactar diversos setores da economia mas, com muito mais força e velocidade, a logística.
Os novos caminhões que começam a ser vendidos no País são mais computadorizados e conectados. A telemetria virou item indispensável e ser um transportador bem-sucedido não vai significar mais ser dono de um monte de veículo mas sim oferecer o melhor serviço. É muito provável que um novo gigante do setor apareça sem ter um único caminhão na frota, vide o que já conhecemos de Uber e afins. Uma grande revolução tecnológica está em curso.
Quem quiser acompanhar essas transformações para não perder as melhores oportunidades, deve estar muito bem informado. Por isso mesmo tornamos Transpodata mais ágil, digital, conectada e disponível em todas as plataformas, inclusive em vídeo.
- PRÓXIMA MATÉRIA: Volvo entra de vez na era dos caminhões conectados
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