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Volume de fretes cresceu 6,6% em 2024

Frete.com contabilizou mais de 11 milhões de embarques

Redação TranspoData

Foto Banco de Imagens

O volume de fretes rodoviários registrou aumento de 6,6% em 2024 no Brasil, em comparação ao ano anterior. Os dados foram coletados pela Frete.com, maior plataforma online de transporte de cargas da América Latina. Ao longo de todo o ano passado, foram contabilizados mais de 11 milhões de fretes em sua plataforma voltados para este estudo. Os dados têm base no fluxo de informações da Frete.com. Com mais de 900 mil caminhoneiros cadastrados e 25 mil empresas assinantes, os fretes publicados na plataforma cobrem 99% do território nacional.

Houve crescimento em todos os setores analisados pela Frete.com, com destaque para o segmento de construção civil que registrou alta de 9,6%. Já o agronegócio contou com aumento de 5,3%, enquanto que os produtos industrializados subiram 4,3%.

De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, o crescimento do volume exportado pelo Brasil foi 2,8% superior na comparação com 2023. Já o volume de importações cresceu 15,8%. “Para suprir este grande volume de exportações e importações, as empresas de transporte viram em plataformas online a melhor solução para conseguir escoar esta quantidade de cargas de forma mais rápida e eficiente. Sabendo dessa maior necessidade do mercado, estamos investindo cada vez mais em novas tecnologias e soluções para que empresas e motoristas possam transportar com ainda mais segurança”, destaca Federico Vega, CEO da Frete.com.

Fertilizantes, soja e milho movimentam o agro

O crescimento de 5,3% no setor do agronegócio foi puxado pela soja e por fertilizantes. A oleaginosa registrou alta de 25,7% em comparação com o ano anterior, representando 22% dos fretes do agronegócio transportados via plataforma da Frete.com.

Já os fretes de fertilizantes tiveram aumento de 5,1% e representam 23% dos fretes do setor publicados na Frete.com. Isso foi motivado pelas importações de fertilizantes que atingiram o recorde de 44,3 milhões de toneladas, crescimento de 8,3% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Houve antecipação das compras registradas dentro do setor. A elevação nos preços das commodities e a tensão no Oriente Médio levaram os agricultores a anteciparem as aquisições de fertilizantes, visando evitar possíveis problemas de oferta e aumentos nos preços”, avalia Vega.

Os fretes de milho, que representam 14% dos fretes do agro na plataforma, registraram queda de 9,4%. Além da queda na produção, a venda antecipada para a safra 2023/24 apresentou redução em comparação aos anos anteriores. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a venda antecipada de milho segunda safra representou, em média, 12,5% da produção na safra 2023/24, enquanto nas cinco safras anteriores esse índice variou entre 60% e 87,5%.

Cimento puxa crescimento

No setor de construção civil, o destaque novamente ficou para os fretes de cimento, que tiveram aumento de 17,7%. O produto representa 63% dos fretes do setor na Frete.com. O estado de Minas Gerais é o principal fornecedor do insumo e registrou aumento de 21% nos fretes do produto. Lá estão concentrados 65% de todos os fretes do item da plataforma.

As vendas de cimento acumuladas entre dezembro de 2023 e novembro de 2024 totalizaram 64,5 milhões de toneladas, aumento de 4% em relação ao ano anterior. Sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), revelou que, em outubro, a capacidade de operação das empresas do setor estava sendo utilizada em 70%, com média anual de 68%, considerado um bom desempenho para a construção civil. “Esse aumento foi impulsionado por diversos fatores, incluindo a melhoria contínua do mercado de trabalho e da renda da população, o que resultou em um aquecimento do segmento imobiliário. A retomada de programas habitacionais, como o Minha Casa, Minha Vida, também contribuiu significativamente para esse crescimento”, enfatiza Vega.

Fretes por estados

Entre as regiões, o Sul foi a que apresentou maior crescimento no ano passado, com 9,5%, seguido de Sudeste (9,3%) e Nordeste (5,8%). Já a região Centro-Oeste apurou queda de 1,9%. Na divisão por estados, Santa Catarina teve a maior alta (17,8%), seguido de Minas Gerais (13,1%), Paraná (8,1%), Rio Grande do Sul (6,8%) e São Paulo (6,5%). O Mato Grosso registrou baixa de 2,5% no volume de fretes, motivado pela queda da produção de milho.

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