Versões furgão e caminhonete da Transit elétrica, batizadas de Ford E-Transit, começam a ser vendidas em março
Mauro Cassane
Ford, Divulgação
A Ford apresentou a versão elétrica do furgão Transit na última Fenatran, em 2022. Depois de realizar testes em todo o Brasil no ano passado, e com 300 pedidos já em carteira para a versão furgão, a partir de março deste ano, vai também oferecer a versão Transit chassi cabina 100% elétrica. É a primeira caminhonete abaixo de 5 toneladas movida a energia elétrica do País.
A E-Transit será importada da fábrica de Kocaeli, na Turquia, embora a montadora também a produza nos EUA. A justificativa para trazê-la de mais longe é porque os modelos produzidos na Europa são mais alinhados com as características dos furgões que operam no Brasil.
A partir da próxima semana as mais de 100 revendas Ford terão no cardápio quatro versões para o furgão E-Transit e duas versões para o modelo chassi cabina. As diferenças, na versão furgão, são restritas ao tamanho do compartimento de carga: L2H2, com 9,5 m3; L2H3, com 10,7 m3; L3H3, com 12,4 m3; e L4H3, com 15 m3. Com PBT de 3,5 toneladas, que permite a condução com CNH B, a capacidade de peso carregado varia de 800 a 1.000 kg.
A versão chassi cabina da Ford E-Transit Chassi tem duas opções: PBT de 3,5 e 4,2 toneladas e capacidade de carga de 1.300 a 2.100 kg. Já os preços são: R$ 542 mil para a versão de 3,5 toneladas (o valor não muda para a versão furgão) e 562 mil para a versão de 4,2 toneladas. Para estes produtos a Ford oferece garantia de três anos, ou 100.000 km, e cobertura de oito anos ou 160.000 km para a bateria.
Os modelos E-Transit, tanto nas versões furgão como, também, chassi cabina, são equipados com motor elétrico de 198 kW (similar a 269 cv) com torque de 430 Nm, com tração traseira e torque instantâneo. A autonomia da bateria de lítio de 68 kWh pode chegar, segundo a Ford, a 317 km em condições muito especiais de uso e vazia. Carregada considerando operações mais reais, também segundo a engenharia da montadora, a autonomia chega a 260 km.
De acordo com Guillermo Lastra, diretor de veículos comerciais da Ford, “a ansiedade de autonomias maiores não costuma ocorrer nas operações com veículos comerciais uma vez que, normalmente, veículos elétricos de carga são utilizados em rotas fixas”. Outro ponto positivo e importante, Lastra comenta: “para furgões, normalmente utilizados em áreas urbanas, temos a vantagem de acontecer o carregamento das baterias pelo sistema de freios regenerativo que se vale do anda-e-para típico nas cidades”.
A bateria de lítio de 68 kWh pode ser carregada tanto em corrente contínua (até 115 kW), em 35 minutos, como em corrente alternada (até 11,5 kW), em oito horas, usando conector do tipo 2, com um sistema de gerenciamento de carga que otimiza a sua vida útil.
Os modelos E-Transit já trazem de série tecnologias semiautônomas que reduzem o risco de colisões, como sistema de frenagem autônoma, além de controle de tração e estabilidade AdvanceTrac e câmera 360°.
Assim como nos modelos Transit convencionais há, também, três modos de condução – Normal, Econômico e Escorregadio –, que junto com o sistema de regeneração de energia contribuem para a segurança e menor custo operacional.
“A E-Transit oferece vantagens que vão muito além das emissões zero. O custo de posse é uma delas. O seu trem de força tem 86% menos peças de desgaste que o da versão a diesel e, combinado com o uso da energia elétrica, seu custo total de operação é 40% menor”, explica Matias Guimil, gerente de vendas de veículos comerciais da Ford.
Como sempre fez no Brasil, a Ford oferece suporte ao cliente na transformação dos veículos e desenvolvimento de projetos especiais. Esse trabalho é feito pela engenharia da marca junto com 30 transformadores localizados nas principais regiões do País, que podem ser credenciados pelo programa de certificação de qualidade Ford Pro Convertor.