Indicadores foram divulgados pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias

Redação TranspoData

Foto ABCR, Divulgação

No mês em que se comemora a Semana Nacional do Trânsito, os dados do Painel ABCR+ mostram que as rodovias federais concedidas ainda são mais seguras do que aquelas sob gestão pública. O levantamento mostra que, em 2022, a taxa de acidentes foi de 2,4 mil acidentes por milhão de veículos em trechos de rodovias federais públicas e de 0,7 em trechos de vias concedidas.

No mesmo ano, as rodovias federais públicas foram responsáveis por 76,2% dos acidentes. Além disso, a taxa de severidade de acidentes em rodovias federais públicas foi 3,3 vezes maior do que nas concedidas. “O elevado volume de investimentos realizados pelas concessionárias em infraestrutura, atendimento ao usuário e melhorias viárias reflete diretamente em mais conforto e segurança para os usuários. Não se trata apenas de pavimentação de qualidade, mas de sinalizações adequadas, disponibilidade de ambulâncias, guinchos e atendimento ágil, dentre outros benefícios que as rodovias concedidas oferecem”, pontua Marco Aurélio Barcelos, diretor-presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).

Desenvolvido com apoio da Macroplan Analytics, o painel é atualizado mensalmente e oferece ao público dados sobre o setor de concessões de rodovias, como o número de atendimentos prestados pelas concessionárias, geração de empregos, dados sobre infraestrutura e segurança viária, dentre outros. O ABCR+, conjunto de indicadores setoriais que complementam o Índice ABCR, pode ser acessado em https://melhoresrodovias.org.br/painel-abcr/.

Fluxo crescente

 O Índice ABCR referente a agosto de 2023 recuou 0,4% no comparativo com julho, considerando os dados dessazonalizados. O índice de fluxo pedagiado de veículos leves recuou 0,5%, enquanto o de pesados cresceu 1,2%. No acumulado de oito meses, o fluxo aumentou 5,9% sobre igual período do ano passado. O dado tem forte influência dos veículos leves, com alta de 7,4%, enquanto os pesados ficaram limitados a 1,7%. Em 12 meses, o índice acumula avanço de 4,7%, fruto do aumento de 5,8% de veículos leves e 1,3% de pesados.

Para Thiago Xavier e Davi Cardoso, analistas da Tendências Consultoria, o indicador de agosto captou a saída da contribuição positiva das férias de julho, cuja intensidade superou os anos anteriores, dada a maior segurança sanitária e o contexto favorável ao consumo das famílias. Também atribuem a perda de ritmo aos limitadores do consumo, como os elevados níveis de endividamento e de inadimplência, além da redução na expansão da geração de vagas no mercado de trabalho. “É preciso ressaltar que o tráfego de leves ainda se mantém em patamar historicamente alto, superado apenas pelo pico atingido no mês anterior”, afirmam. Também lembram que é a primeira queda após cinco altas consecutivas.

Em sentido oposto, o tráfego de veículos pesados avançou em agosto em termos dessazonalizados, foi a quarta alta consecutiva. Os analistas associam o desempenho à dinâmica da cadeia do setor agropecuário, embora projetem redução dos efeitos nos próximos meses. “A despeito do quadro desafiador da produção industrial, a demanda de transporte de cargas capta benefícios da certa resiliência da produção de bens de consumo, que exibiram crescimento marginal nos últimos meses”, explicam. O índice que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas é construído pela ABCR juntamente com a Tendências Consultoria.

 

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