Produção foi retomada na planta do Paraná em parceria com a Petrobras
Roberto Hunoff
Foto Divulgação
A partir desta semana, o mercado brasileiro volta a ter acesso ao Air1®—Arla 32 da Yara. O agente redutor líquido automotivo (Arla 32) da Yara agora é produzido no Brasil, graças a uma parceria estratégica com a Petrobras. O relançamento marca um passo importante na retomada das operações da unidade Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), no Paraná.
A demanda por Arla 32 está crescendo rapidamente no Brasil. Uma frota próxima a dois milhões de veículos requer aproximadamente 1 bilhão de litros de Arla 32 por ano. Os primeiros lotes produzidos serão entregues a clientes no Paraná e em Santa Catarina, e a expectativa é que a produção alcance 3 milhões de litros por mês.
A ureia automotiva, proveniente da unidade de produção da Yara em Brunsbüttel, na Alemanha, será processada na planta da Petrobras (Ansa) para produzir o Air1—Arla 32. Essa colaboração não apenas reintegra o Air1 ao mercado brasileiro, como também marca o início da produção local na Ansa desse agente indispensável para o tratamento de emissões, reduzindo a dependência de importações e fortalecendo a cadeia de suprimentos nacional.
De acordo com o diretor de processos industriais da Petrobras, William França, o setor de fertilizantes tem importância estratégica para a estatal. “Estamos retomando os investimentos nesse segmento a partir de estudos de viabilidade técnica e econômica, com o objetivo de ampliar nosso mercado de gás e contribuir para a redução da dependência da importação de fertilizantes no Brasil. Com a produção de Arla 32, mais do que diversificar o portfólio, estamos contribuindo com um produto essencial para redução de emissões veiculares e preservação ambiental”, afirmou.
O Arla 32 é essencial para reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx), que são prejudiciais à saúde. Injetado no sistema de exaustão de veículos a diesel, o produto reage com o óxido nitroso (Nox) em um catalisador, convertendo os gases nocivos em vapor de água e nitrogênio inofensivos.
Conforme comunicados divulgados ao mercado em 6 de junho e 15 de agosto de 2024, a Petrobras investiu R$ 870 milhões para o retorno das atividades operacionais da Ansa. A fábrica, localizada em Araucária, estava hibernada desde 2020 e teve o retorno das atividades operacionais aprovado em junho de 2024. Situada ao lado da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), tem capacidade de produção anual de 720 mil toneladas de ureia, o que corresponde a 8% do mercado, 475 mil toneladas de amônia e 450 mil m³ do Arla 32.