Volvo dobra participação no mercado de caminhões vocacionais

Em quatro anos, montadora saiu de 16,4% para 30,1% de market share

Roberto Hunoff

Fotos Volvo, Divulgação

A Volvo dobrou sua participação no mercado de caminhões vocacionais desde 2019. Dos 16,4% de market share registrados há quatro anos, a empresa atingiu 30,1% no acumulado no primeiro quadrimestre de 2023, oferecendo soluções para mineração, construção, cana de açúcar e florestal. Isoladamente no segmento canavieiro, a marca é líder absoluta, com 45% do total dos emplacamentos. “É praticamente a metade do mercado brasileiro nesta categoria”, comemora Clovis Lopes, gerente comercial de caminhões da Volvo no Brasil. Alto desempenho, robustez, grande disponibilidade e baixo consumo de combustível são as principais características dos veículos citadas pelo executivo que atraem os frotistas que trabalham com cana-de-açúcar.

É destaque também o market share no segmento canavieiro nos veículos de até 360cv, classificação onde está o modelo VMX MAX, recentemente lançado. A marca encerrou 2022 com uma fatia de 39,7% de mercado nessa classe, quando se olha o setor sucroalcooleiro. A marca tem também uma ótima performance em mineração com as linhas F e VM, totalizando 30,7% dos veículos emplacados no primeiro quadrimestre.

Outro grande destaque da marca está no segmento florestal. Em caminhões de até 360cv (linha VM), a Volvo alcança quase a metade dos emplacamentos (48,1%) no acumulado deste ano. Já em operações florestais severas, a Volvo conquistou um quarto do setor (24,3%), numa evolução de 12 pontos percentuais do final do ano passado até agora. Somadas as duas categorias (linhas F e VM), a marca atinge 30,7% do mercado dirigido para aplicações florestais de janeiro a abril. A Volvo teve uma expansão expressiva neste segmento, saindo de 8,4% em 2018 para quase um terço dos emplacamentos.

Operações muito severas

Considerando todos os segmentos (cana-de-açúcar, construção, mineração e florestal), a Volvo também é líder no emplacamento de veículos vocacionais muito severos, com os modelos FMX e FH. No acumulado deste ano, a marca está com 35,6% de market share, 12 pontos a mais que os 23,6% registrados ao final de 2022. “Estamos investindo muito na área vocacional. Nossa engenharia desenvolve permanentemente novos produtos e soluções para melhorar o desempenho dos caminhões voltados para aplicações mais severas”, explica William Junqueira, gerente de caminhões vocacionais da Volvo.

Ele lembra que a Volvo agora tem uma linha ainda maior de veículos VM vocacionais. Mais novo membro dessa família, o VMX MAX 6×4 rígido tem peso bruto total de 34 toneladas, duas a mais que o antecessor. O modelo vem com o motor de 360cv e freio motor VEB de 300cv, chassi duplo reforçado, suspensão dianteira parabólica de oito toneladas e suspensão traseira semielíptica de 26 toneladas, além do mesmo eixo com redução nos cubos do FMX.

Atendimento especializado para o segmento

A Volvo também remodelou a estrutura de serviços vocacionais. Como a produtividade é fator preponderante nesta área, a marca criou recentemente o Volvo Extreme Service, um atendimento especializado para veículos que trabalham em operações mais intensivas. A iniciativa reúne uma série de ações para reforçar o suporte técnico de frotas que demandam mais atenção por conta de aplicações mais rigorosas.

A Volvo formou um time nacional de representantes provenientes das áreas de serviço e comercial para atender os clientes desses segmentos em todas as regiões do país, onde quer que os caminhões estejam rodando. Esta nova equipe se juntou ao corpo de técnicos que já atuam local e regionalmente, atendendo as necessidades distintas desse tipo de transporte.

Por conta das grandes exigências dessas operações, os veículos praticamente só param para abastecimento de combustível, troca de motorista e manutenção. O ganho em escala no transporte é extremamente importante nessas aplicações e o trabalho é feito durante 24 horas por dia, sete dias por semana. “A manutenção tem de ser feita preventiva e regularmente para que o caminhão pare o mínimo possível”, indica Junqueira.

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