Levantamento da Anef aponta que recursos somaram R$ 95 milhões no primeiro semestre

Redação TranspoData

Foto Banco de Imagens

A Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) informa que o total de recursos liberados nos primeiros seis meses do ano foi de R$ 95,1 milhões, incremento de 3,2% sobre o mesmo período de 2022, quando chegou a R$ 92,8 milhões. O saldo total das carteiras de veículos cresceu por volta de 11%. Foram R$ 388,7 bilhões ante R$ 350,5 bilhões na mesma base de comparação.

O crédito direto ao consumidor (CDC) segue na liderança dos financiamentos com R$ 386,4 bilhões e também aumentou 11% perante os R$ 348 bilhões de 2022. Já o leasing ficou em R$ 2,3 bilhões, retração de 6,6% em comparação ao primeiro semestre do ano passado, quando a modalidade registrou R$ 2,5 bilhões em financiamentos.

O programa de incentivo anunciado pelo governo federal para a indústria automotiva é apontado como determinante para o aumento. Só no último dia de junho foram financiados 27 mil veículos. O momento também colaborou para que as montadoras lançassem campanhas para veículos acima de R$ 120 mil. “O mercado anseia por maior queda na taxa de juros. O corte de meio ponto porcentual na taxa, anunciado pelo Banco Central no início de agosto, reduzindo-a para 13,25% ao ano, já era esperado. Porém, abre portas para que venham outras reduções para aquecer o mercado e, principalmente, para que o cliente pessoa física volte a comprar veículos zero quilômetro”, destaca Paulo Noman, presidente da Anef.

Formas de escoamento de vendas

As vendas à vista corresponderam a 59% do total dos veículos comerciais leves. Os financiamentos ficaram em 36% e o consórcio em 5%. No mesmo período do ano anterior, foram de 64% à vista, 32% financiadas e 4% pelo consórcio. O Finame voltou a liderar as vendas de ônibus e caminhões, com 39%, e os financiamentos por meio do CDC ficaram em 31%. No segmento de motocicletas, o consórcio empatou em 35% com as vendas financiadas. A venda à vista ficou em 30%.

A inadimplência permanece no mesmo patamar, em torno de 5,5%. No entanto, para Noman, o setor se mostra mais favorável. “Com o PIB maior do que o estimado e a tendência dos juros em queda, acredita-se que os investimentos possam ser retomados, gerando mais empregos e renda à população e, consequentemente, ocorra ampliação do acesso ao crédito”, projeta.

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