Grupo concentra 60% de suas receitas na indústria automotiva
Redação Transpodata
Foto Usiquímica, Divulgação
Fabricante e distribuidora dos lubrificantes Valvoline no Brasil e maior produtora de hidróxido de amônio, a Usiquímica pretende investir R$ 150 milhões, nos próximos cinco anos no país, direcionados à implantação de novas fábricas, pesquisa e desenvolvimento de produtos e marketing. “Estamos sempre avaliando os produtos para garantirmos um portfólio robusto e adequado para o mercado brasileiro. Queremos garantir um atendimento logístico mais eficiente e competitivo para expandir as vendas”, argumenta Osvane Lazarone, gerente comercial da empresa.
No setor automotivo, que responde por 60% dos negócios da companhia, o plano é acompanhar a sofisticação crescente do mercado, incluindo eletrificação, e expandir a produção de Arla 32, usado para reduzir as emissões de poluentes. Com capacidade produtiva mensal de 15 milhões de litros da solução, a empresa deve chegar a 23 milhões de litros por mês entre 2023 e 2024. “Olhando para o automotivo, há um potencial interessante de crescimento via desenvolvimento de novos produtos nos próximos três anos. No caso do Arla 32, estamos olhando muito para expansão de produção”, explica Lazarone.
Hoje, são quatro unidades produtivas: em Guarulhos (SP), Uberaba (MG) e Rolândia e Araucária (PR). Uma operação deve ser aberta ainda neste ano em Belo Horizonte e ainda não está decidido se a segunda nova planta ficará no Paraná ou em Santa Catarina.
Uma das apostas da empresa é avançar no mercado de lubrificantes. O objetivo é seguir desenvolvendo o canal de distribuidores, que passou por uma reestruturação em 2022, e auxiliou na expansão da base de clientes. Atualmente, a empresa atende cerca de 10 mil clientes, tanto de forma direta quanto através da rede de distribuição.
O conglomerado formado por Usiquímica, Praxis Embalagens e BR Bulk apurou receita de R$ 560,8 milhões no ano passado. “Foi um ano muito bom, de faturamento recorde, apesar de desafios como o impacto do aumento de preços das commodities e gargalos na cadeia de suprimentos”, avalia o executivo. Para 2023, a expectativa é de crescimento mais moderado das receitas, em torno de 5% sobre os 18% de 2022, reflexo do maior volume de vendas em todos os negócios, parcialmente compensado por preços de venda mais baixos, em função da queda nas commodities químicas e matérias-primas.