De acordo com a Abegás, veículo movido a gás proporciona economia de combustível e reduz custos de manutenção para as empresas

Redação TranspoData

Foto TKE Logística, Divulgação

O momento do transporte rodoviário de cargas exige que as empresas busquem alternativas menos poluentes e a integração da agenda ESG como uma oportunidade de expandir seus negócios. No trato com o meio ambiente, o setor é um dos maiores responsáveis por gases de efeito estufa. Segundo informações do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o transporte corresponde a 20% das emissões globais de CO2. No Brasil, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, é responsável por cerca de 9% das emissões totais.

Assim, algumas das iniciativas adotadas pelas organizações incluem a reciclagem dos materiais usados, a coleta seletiva de lixo, a introdução de tecnologias em processos internos, caminhões elétricos e a gás e contribuição em causas sociais, dentre outras ações. Recentemente, a TKE Logística, empresa de transporte de bens de consumo e indústria de transformação, localizada em Araranguá (SC), concluiu um projeto em conjunto com um de seus parceiros na produção de um veículo movido a gás natural veicular (GNV).

O gerente administrativo Franco Gonçalves destaca que sempre esteve no radar da empresa a busca de alternativas à forma tradicional de trabalhar. “O que poderia ser diferente? O que poderá ser o futuro? Como seria na prática? Essas ideias encontraram-se com as de um de parceiros, interessado em usar veículos GNV para transportar seu produto carbono neutro”, assinalou. Desta parceria surgiu uma edição especial em verde e branco, utilizando elementos das árvores e sua característica cíclica para criar uma identidade visual própria.

O Brasil possui hoje a quarta maior frota mundial de veículos leves movidos a GNV, cerca de 2,5 milhões segundo dados do IBGE fornecidos pela Associação das Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). “Este caminhão tem algumas características que podem beneficiar especialmente empresas que desejam diminuir seu impacto ambiental e que são capazes de produzir seu próprio biogás. Em operações rodoviárias, as empresas que iniciaram o uso desse tipo de veículos são as que buscam fomentar o desenvolvimento de alternativas e das estruturas para a popularização das novas tecnologias”, reforça.

De acordo com a Abegás, o gás veicular proporciona economia de 43% a 58% quando comparado à gasolina e de 44% a 60% em relação ao etanol. Além disso, peças e componentes que entram em contato com o gás acumulam menos impurezas, diminuindo o desgaste do motor e o risco de danificá-los. Como resultado, caminhões que funcionam a GNV podem ser até 20% menos ruidosos que aqueles a combustão.

Na visão de Gonçalves, é preciso tempo para definir se a expansão da frota como essa pode ser viável. “Hoje, o veículo a gás tem algumas exigências específicas para ser operacional. É necessária uma rede de abastecimento com estrutura para recebê-los, bem como serviços de manutenção especializados. Por agora, iniciaremos as operações para poder definir se é uma tendência ou não em nossas atividades”, argumenta.

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