Aumento na exportação de carne congelada impulsionou os números, com destaque para a bovina, que cresceu 87% nos últimos seis meses
Redação TranspoData
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No primeiro semestre de 2023, o terminal de contêineres de Paranaguá (PR) registrou volume de 8.479 contêineres de carne bovina, crescimento de 87% em comparação ao mesmo período do ano passado – 4.531 unidades. Os números acompanham o crescimento geral de carne congelada na empresa, que desencadeou dois recordes: um de volume reefer (containers com controle de temperatura e em grande parte usados para o transporte da proteína animal) e outro de movimentos por hora no cais.
No mês do recorde duplo, foram movimentados 9.529 contêineres de carne, sendo 68% de frango e 14% de boi, com destino principal para a China. O gerente comercial, de logística e atendimento ao cliente da TCP, administradora do terminal, Giovanni Guidolim, explica que a empresa tem a maior área reefer do Brasil. “Temos como objetivo ampliar cada vez mais os nossos serviços”, registrou.
O sistema de dados Dataliner informa que o Mato Grosso é líder em produção de carne bovina para exportação no terminal. “Diversos estados estão utilizando nossas vantagens logísticas, principalmente a flexibilidade, para receber antecipadamente o embarque de volumes reefer para exportação. O Mato Grosso é campeão neste aproveitamento”, explica.
Outro diferencial da TCP é o modal ferroviário, único no Sul do país com acesso direto à zona alfandegada. Segundo o executivo, a ferrovia é responsável por transportar um em cada cinco contêineres de exportação até o terminal e atende a diversas demandas, entre elas 25% da exportação de carne congelada.
Em junho, a TCP registrou o quarto mês de recordes em 2023. Desta vez, a empresa movimentou 10.750 contêineres reefer, superando a marca de 10.682, alcançada em março deste ano. O segundo recorde foi em relação a operação mensal em navios. A TCP registrou média de 106,6 MPH (movimentos por hora), superando o último recorde registrado em outubro do ano passado, de 106,1 MPH.
O gerente de operações, Felipe de França, explica que a sequência dos recordes de movimentação reflete o alto nível de demanda de mercado e de produção do terminal. “Investimos de forma contínua nos processos, sempre aliando as estratégias aos cenários atuais. Os resultados refletem o comprometimento do time com a excelência nos serviços”, avaliou.
Dentre os projetos mais recentes de investimentos está a ampliação e modernização dos gates (portões de acesso) e o aumento das tomadas reefer de 3.572 para 5.126 até o final de 2023. O terminal também implantou uma subestação para sustentar o consumo de energia para o aumento da área para contêineres com controle de temperatura. Até o final do ano, 11 novos guindastes do tipo RTG (rubber tyred gantry crane/guindaste de pórtico com pneus de borracha) serão entregues para atender não só a demanda atual, mas também o crescimento orgânico esperado.