TCP aumenta armazenagem de contêineres refrigerados  

Acréscimo de 45% no número de tomadas torna o equipamento o maior da América do Sul

Redação TranspoData

Foto TCP, Divulgação

A empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) concluiu as obras de expansão do pátio reefer, área destinada ao armazenamento de contêineres refrigerados, como os utilizados no transporte de carnes e congelados. Com aumento de 45% no número de tomadas, de 3.624 para 5.268, a TCP possui agora o maior pátio reefer da América do Sul. O gerente comercial, de logística e de atendimento da TCP, Giovanni Guidolim, explica que o projeto de expansão veio para atender o mercado exportador de carne, segmento de maior protagonismo na empresa.

Em todo o ano passado, dos 482.389 TEUs (medida equivalente a 20 pés de comprimento de contêiner) exportados via TCP, metade foi de carne congelada. Nos primeiros quatro meses de 2024 a quantidade de cargas reefer movimentadas chegou a 80.650 TEUs. “A TCP é líder nacional na movimentação de contêineres refrigerados e detém o posto de maior corredor de exportação de frango do mundo. Temos a expectativa de ampliar a participação neste mercado oferecendo maior capacidade de operação, atendimento especializado ao setor e serviços de excelência, como o recebimento antecipado no embarque de volumes reefer para exportação”, ressalta.

Outro diferencial é a movimentação de cargas refrigeradas pela ferrovia, a única no Sul do Brasil a chegar à área alfandegada de um terminal de contêineres. “De cada seis contêineres recebidos pelo terminal, um utiliza o modal ferroviário, e o volume reefer tem grande participação nesta movimentação. Esta operação é vantajosa, porque traz maior confiabilidade, redução de custos e é uma opção de transporte mais sustentável para o exportador”, completa.

Iniciada em julho de 2023, as obras de expansão do pátio reefer levaram, aproximadamente, 10 meses para conclusão e exigiram um planejamento conjunto dos departamentos de engenharia, de manutenção, de operações e de saúde, segurança do trabalho e meio ambiente. “Dividimos as obras em etapas sequenciadas, instalando e energizando 450 tomadas por vez em cada um dos blocos que seriam modificados. Desse modo, reduzimos ao máximo o impacto das obras na operação”, destacam os líderes da equipe do projeto, o superintendente de engenharia da TCP, Aaron Wong; e os coordenadores de engenharia, Miguel Bastos, e de manutenção, Wilson do Pilar Cordeiro Junior.

Para atender a demanda de energia do terminal após a conclusão da expansão do número de tomadas foi instalada uma nova subestação de energia isolada a gás. Enquanto o antigo sistema limitava a carga distribuída do terminal a 10MVA (megavotl-ampère), o novo deve fornecer 25MVA e pode ser expandido a até 50MVA com a instalação de um segundo transformador. As obras de instalação da subestação GIS e a ampliação do pátio reefer exigiram aporte superior a R$ 70 milhões.

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