Aquisição de três guindastes 100% elétricos e expansão do píer em 20% acompanham crescente faturamento do setor naval da Zona Franca
Redação TranspoData
Foto Super Terminais, Divulgação
O setor portuário do Amazonas receberá um investimento de R$ 180 milhões do Super Terminais para aumentar a capacidade de operação e a sustentabilidade ambiental das operações. O valor inclui a compra de três guindastes 100% elétricos e a ampliação em 20% do tamanho do píer flutuante, de 600 metros para 720 metros. O anúncio foi feito durante a Intermodal 2025, maior feira de logística integrada das Américas.
O Super Terminais vai dobrar o número de guindastes elétricos modelo ESP 10 da empresa alemã Konecranes Gottwalde de três, já em operação, para seis. Com entrega em 2026, os equipamentos permitirão redução de 5,2 mil litros de óleo hidráulico por ano, com a consequente diminuição nas emissões de gases do efeito estufa. “Optar novamente pela tecnologia da Konecranes foi uma decisão estratégica. Os três guindastes adquiridos em 2023 comprovaram não apenas seu caráter inovador, mas também impactaram diretamente nos resultados operacionais. Tivemos um ano recorde em eficiência e movimentação, reflexo direto dessa modernização”, avalia Marcello Di Gregorio, diretor do Super Terminais.
Os guindastes usados convencionalmente no setor portuário são do tipo mecânicos hidráulicos. Nesse modelo, os equipamentos são impulsionados pela mecânica de fluídos para fazer a operação de içamento e giro das cargas. O processo se estrutura em um conjunto de bombas hidráulicas, interligado por mangueiras contendo óleo hidráulico. No caso dos elétricos, um conjunto de motores atua diretamente nas funcionalidades de içamento e giro. Eles são eletrificados por uma tensão de 13.8kV, que passa por um transformador de 440V, alimentando os motores.
Crescimento robusto
O setor naval da Zona Franca de Manaus registrou crescimento de 741% no faturamento de janeiro de 2025 em comparação a dezembro do ano passado, segundo dados do Painel Econômico do Amazonas. Em relação a janeiro de 2024, o avanço foi de 405%, consolidando o segmento como um dos mais dinâmicos da indústria local. O desempenho é impulsionado pela demanda do agronegócio do Centro-Oeste, especialmente pela safra recorde de soja estimada em 164,4 milhões de toneladas, parte da qual é escoada por balsas produzidas em Manaus.