Em função do aumento dos crimes, expectativa é de elevar o faturamento em mais de 40% neste ano

Redação TranspoData

Foto T4S, Divulgação

Segundo dados da Overhaul, o roubo de cargas continua sendo um dos principais problemas do setor de transportes no Brasil. De janeiro a março de 2024 foram registradas 3.639 ocorrências no país, média mensal de 1.213. Dessas, em 94% há relatos de violência.

O aumento desse tipo de crime no Brasil fez com que marcas que oferecem soluções tecnológicas contra roubos de cargas registrassem crescimento, como é o caso da T4S Tecnologia. A startup de São Paulo, que iniciou operações em 2017, surgiu após seus idealizadores, os empresários Enrico Rebuzzi e Luiz Henrique Nascimento, sentirem o que era sofrer com os prejuízos de roubo de cargas. Antes de fundar a T4S, eles administravam a Direct Express/Directlog, maior operador logístico de e-commerce no Brasil.

Atuando nessa área de transporte, constataram como é difícil ter de enfrentar os danos em decorrência do roubo de cargas. Decidiram, então, que o próximo projeto seria algo relacionado ao setor de segurança de transporte.

Com a experiência adquirida nos tempos em que trabalhavam com logística, desenvolveram um sistema batizado de bloqueador independente. “O fator tempo é a chave do sucesso para as quadrilhas, uma vez que precisam sair do local do crime em poucos minutos e em poder do veículo. O bloqueador T4S dificulta essa rapidez ao criar uma série de dificuldades a quem tentar desativá-lo”, explica Nascimento.

O risco para o bandido aumenta e, com ele, a tendência de abandono do veículo e do motorista com a carga intacta. O bloqueador imobiliza o veículo na hora quando o ladrão tenta efetuar o roubo com um “jammer”, conhecido popularmente como “chupa-cabra”.

A T4S também oferece serviços para evitar o roubo de cargas nas estradas, como é o caso do choque elétrico anti-invasão. Em caso de tentativa de roubo da carga com rompimento ou perfuração do baú, o criminoso recebe um choque de alto impacto de 20 mil volts, porém não letal.

Sensores espalhados nos painéis que revestem todas as faces do baú dos caminhões disparam, a qualquer tentativa de perfuração ou corte, um alerta para a central de atendimento, além de uma sirene e um choque elétrico. Não oferece nenhum risco aos motoristas. A tecnologia já foi patenteada em outros países, como Estados Unidos, México e Rússia. A empresa ainda oferece a solução anjos da carga, que tem câmeras com inteligência artificial de 360 graus que ficam no topo do caminhão e conseguem detectar armas, pessoas por reconhecimento facial e movimentos suspeitos.

A empresa tem, em sua lista de clientes, empresas como FedEx, DHL, Amazon, JSL e P&G. O faturamento da empresa no ano passado foi de R$ 59 milhões e a expectativa é encerrar 2024 com R$ 84 milhões.

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