Concessionária de ferrovias superou o valor de R$ 1,6 bilhão e obteve lucro de R$ 316 milhões

Roberto Hunoff

Foto MRS, Divulgação

A MRS Logística, responsável pela administração da Malha Regional Sudeste, totalizou receita líquida de R$ 1,6 bilhão, aumento de 32% no primeiro trimestre de 2024 na comparação com o mesmo período do ano passado. Em lucro líquido, o valor chegou a R$ 316 milhões, alta recorde de 116,5% na mesma base de comparação. A margem líquida passou de 11,7% para 19,2%. A Malha Regional Sudeste detém a concessão de 1.643 quilômetros nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

O desempenho da receita líquida reflete o crescimento no volume transportado. No primeiro trimestre houve aumento de 12% no transporte de cargas gerais, alcançando o total de 17,5 Mt no período. “É um indicador relevante, uma vez que a estratégia da companhia tem como objetivo destinar investimentos para modernização da infraestrutura ferroviária e para a aquisição de novos ativos, com foco em dobrar o transporte de cargas gerais. O crescimento reflete tanto o aumento nas demandas de clientes quanto às condições climáticas favoráveis”, ressalta Guilherme Segalla de Mello, presidente da MRS.

Houve também aumento significativo no volume de transporte de mineração, que representa 62,4% do total da empresa. “O transporte de minério cresceu 30% no primeiro trimestre, encerrando com 29,1 Mt. Importante indicador que contribuiu para o resultado foi o aumento no transporte para o mercado externo, que ficou em 86,7%”, acrescenta Mello.

A MRS investiu, aproximadamente, R$ 1 bilhão no segmento de material rodante apenas nos dois primeiros meses do ano, com a compra de 560 vagões e 30 locomotivas. Parte da entrega dos ativos começou no 1º trimestre e, até o final de 2025, todos os novos ativos estarão em operação.

As aquisições são parte da renovação da frota ferroviária da empresa, que permitirá aumentar a performance, potencializando a operação dos clientes, de portos e terminais de cargas. “Graças à maior eficiência energética e à redução do consumo de combustível com menos emissões de gases, será possível contribuir ainda mais com a sustentabilidade”, reforça o executivo.

Principais produtos transportados em carga geral

  • Agrícolas: 11 Mt (+11,4%), com destaque para soja (+1,5%), farelo de soja (+10%) e açúcar (+64,7%)
  • Siderúrgicos: 1,86 Mt (+16,6%)
  • Celulose: 1,4 Mt (+0,8%)
  • Contêineres: 588 mil toneladas (+27,2%)
  • Construção civil: 573 mil toneladas (+5,2%)
  • Outros: 2,04 Mt (+18,4%)

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