Resultado do terceiro trimestre foi sustentado, principalmente, pela expansão no mercado de reposição internacional e retomada das vendas em diversos países
Roberto Hunoff
Foto Randon, Divulgação
A Randoncorp registrou R$ 3,4 bilhões de receita líquida consolidada no terceiro trimestre de 2025. O valor representa aumento de 9,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento foi sustentado, principalmente, pela expansão no mercado de reposição internacional e retomada das vendas em diversas geografias.
O ebitda ajustado foi de R$ 479,8 milhões, alta de 1%, com margem de 13,9%, abaixo dos 15,2% do terceiro trimestre de 2024. Já o resultado líquido do trimestre de R$ 23,1 milhões é 81% inferior ao consolidado no mesmo período de 2024. A margem é de 0,7% ante 3,9%.
A retomada é atribuída, principalmente, às adequações realizadas no primeiro semestre do ano e pelo contínuo e rigoroso controle de despesas. “Trabalhamos com iniciativas para enfrentar a desaceleração de alguns segmentos e reduzir a alavancagem. Ajustamos estruturas, realizamos captações estratégicas no mercado de capitais e implementamos medidas para otimizar o capital de giro. Decisões tomadas buscando preservar a solidez financeira da companhia”, destaca o CFO Paulo Prignolato. De acordo com o executivo, o período foi marcado pela melhora do desempenho da companhia na comparação com os trimestres anteriores, mesmo diante de um cenário global desafiador, com forte queda da demanda de semirreboques e de peças para veículos comerciais.
As receitas internacionais, que somam os valores registrados nas operações instaladas em outros países com as exportações de produtos a partir do Brasil, cresceram cerca de 91,2% com relação ao mesmo trimestre de 2024, totalizando US$ 199 milhões. O desempenho foi impulsionado, especialmente, pelas recentes aquisições de empresas, como Dacomsa, no México; EBS, no Reino Unido; e AXN, nos Estados Unidos, que permitiram atingir o patamar de 31,5% de representatividade das receitas internacionais sobre a receita líquida consolidada da companhia no período.
No acumulado de nove meses, a empresa totaliza R$ 9,9 bilhões em receita líquida consolidada, alta de 14,8%. O ebitda ajustado avançou 1,3%, para R$ 1,269 bilhão, com margem de 12%, abaixo da realizada em 2024, de 14,5%. O resultado líquido do ano é negativo em R$ 19,4 milhões, diante de lucro de R$ 290,7 milhões do mesmo período no ano passado.
No período de nove meses, a companhia investiu acima de R$ 2,7 bilhões, aumento de 504% sobre o mesmo período de 2024. No terceiro trimestre, o aporte de R$ 125 milhões foi 55,7% inferior ao mesmo período do ano passado. A dívida líquida da empresa apurada no terceiro trimestre, sem o Banco Randon, é de R$ 5,4 bilhões, alta de 141% sobre igual período de 2024. Com o banco, é de R$ 7,5 bilhões, elevação de 82%. Na comparação com o segundo trimestre do ano, os valores recuaram 11,8% e 7,4%, respectivamente.







