Randon, Divulgação
Setor sofreu leve impacto negativo em setembro em razão da paralisação de quatro dias
Desde o início do ano, os fabricantes de implementos rodoviários vêm sustentando um aumento mensal muito forte, consolidando de janeiro a setembro índice de 42% sobre igual período do ano passado, somando 120.930 emplacamentos. No terceiro trimestre, o setor bateu em 44.132 unidades, alta de 23% sobre o primeiro período do ano. “Essa curva crescente mostra como o setor está aproveitando todas as oportunidades que surgem para ampliar sua recuperação”, avalia José Carlos Spricigo, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR).
Em relação ao terceiro trimestre de 2020, quando a economia dava os primeiros passos de recuperação após o impacto da pandemia do coronavírus, o setor avançou 22% sobre as 36.049 unidades emplacadas. “Ainda em meio aos efeitos da redução nas atividades comerciais, começamos um esforço que resultou em zero de perdas no volume de emplacamentos com relação a 2019”, recorda.
Por sua ligação com setores econômicos que pouco sofreram com a pandemia, como agronegócio e construção civil, as vendas de reboques e semirreboques consolidam resultado mais positivo, chegando aos 45%, com 68.274 unidades. Todas as famílias apresentaram altas, com destaque percentual aos equipamentos para transporte de toras, com 146,7%, totalizando 1.722 vendas. Significativa também é a evolução no baú carga geral, de 80%, e 8.039 produtos entregues. Modelo mais vendido no ano, com 18.398 veículos, o basculante, também aplicado no transporte da safra, avançou 58%. Graneleiro/carga seca avançou 22,5%, para 13.187 emplacamentos.
A linha de carroceria sobre chassis também segue em ritmo mais acelerado, com alta de 37,5% em nove meses e com 53.656 entregas. Percentualmente, o maior avanço, de 114%, foi na família de betoneiras, produto identificado com a construção civil, com 1.195 emplacamentos. O modelo mais vendido, o baú de alumínio/frigorificado, teve venda 33% maiores, chegando a 22.677 unidades. O graneleiro/carga seca avançou 40%, com 12.969 produtos. “Mais de dois terços das vendas estão concentrados em produtos com aplicação no transporte da produção do agronegócio. A exceção é o baú carga geral que tem perfil multitarefa”, explicou.
O trimestre não foi melhor em função de queda causada por razões externas ao mercado. A paralisação das atividades, ocorrida na semana de 7 de setembro, resultou em quatro dias sem entrega de produtos, em sua maioria do segmento pesado. “Isso impediu provavelmente um volume de entrega na faixa de 1.200 veículos rebocados e 600 carrocerias sobre chassis, o que esperamos recuperar em outubro”, explica o presidente. O mês fechou com 6.829 unidades de veículos pesados e 6,8 mil de leves.